Capítulo 04

2K 128 37
                                    

Dulce bateu a porta do quarto e correu para o armário em busca de um chapéu perfeito. Anahí sentou-se na cama a fim de esperar a irmã, se ela demorasse, jurou que se deitaria e dormiria.

- Não vais se arrumar? - a encarou com espanto.

- Eu já estou pronta minha irmã. - suspirou.

Dulce revirou os olhos e pegou o chapéu amarrando a fita logo abaixo do rosto. Em seguida colocou a luva e encarou a irmã que aparentava uma cara entediada.

- Dessa forma não vais conquistar o cavalheiro Herrera nunca.

- Pois essa é minha intenção querida irmã. - sorriu cinicamente ao ficar em pé.

- Pois creio que iras falhar terrivelmente querida irmã. - Dulce lhe dirigiu um sorriso convencido e abriu a porta do quarto.

Anahí revirou os olhos acreditando que a irmã estava fantasiando coisas.

Ao entrarem na sala de música os cavalheiros e igualmente Marichello ficaram de pé. Marichello encarou as duas filhas e desesperou-se. Dulce usava o vestido rosa, chapéu, luvas, ruge nos lábios e bochechas e uma bolsinha de crochê. Anahí em comparação usava apenas o vestido e os cabelos trançados. Numa comparação bem grotesca Dulce assemelhava-se a uma princesa e Anahí a uma criada bem arrumada.

- Filha, querida, não vais colocar nem mesmo um chapéu ou luvas para proteger-te do sol? - encarou Anahí.

- Não mamãe. - respondeu sorrindo orgulhosa. - Creio que os chapéus foram inventados pelos homens apenas para fritar os miolos de nós mulheres para não pensarmos por conta própria.

Marichello e Dulce abriram a boca horrorizadas, Christopher se espantou arqueando as sobrancelhas e Alfonso fingiu uma tosse para conter a vontade de rir.

- Oh filha. - Marichello sorriu enrubescendo sem saber o que fazer. - Não dêem ouvidos à ela, minha filha é cheia de bom humor. - encarou os cavalheiros sorrindo e quando encarou Anahí a olhou com fúria.

- Podemos ir? - Dulce perguntou quebrando o clima.

- Perfeitamente senhorita. - Christopher sorriu a olhando e Dulce ruborizou instantaneamente.

Anahí encarou a irmã e saiu na frente, ao abrir a porta de casa um sorriso espalhou em seus lábios ao reconhecer o cavalo branco com as patas e as crinas pretas que a assustara no rio dias atrás.

Agora que o cavalo estava amarrado embaixo da árvore e comia a grama tranquilamente Anahí o encarava com fascinação. Mesmo vacilando ela ergueu a mão para tocar seu pêlo.

O grito da irmã a fez se afastar e se virar para encará-la. Dulce estava parada na porta da casa.

- Algum problema senhorita? - Christopher perguntou preocupado de pé ao seu lado.

- Os cavalos me assustam um pouco e preocupou-me ver minha irmã tão próxima a um. - Dulce se abanou e Anahí reparou que ela havia perdido um pouco da cor.

- Não se preocupe, eles não se alimentam de nós mulheres como mamãe lhe disse uma vez. - sorriu e voltou-se para o cavalo admirando seu pêlo brilhante.

- Gostas de cavalo? - Alfonso parou ao lado dela com um sorriso nos lábios.

- Sim, creio que é um dos animais que mais me fascinam. - sorriu e tomando coragem e querendo de certa forma impressionar Alfonso tocou os pêlos do animal. Dulce arfou atrás dela.

- Não se preocupe senhorita, sua irmã está segura. - Christopher sorriu para Dulce e ela sorriu de volta ruborizando.

- Você já cavalgou alguma vez? - Alfonso sorriu admirando Anahí.

Después de Ti ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora