Capítulo 11

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Para Anahí os dias seguintes se arrastaram como todos os outros desde que soubera do desaparecimento de Alfonso. Pensar nele como desaparecido do que morto lhe doía menos e lhe dava mais esperanças. O único consolo para sua dor era a companhia da Infanta Elizabeth que a tomara como filha e lhe confidenciara inúmeras coisas sobre Alfonso e sua infância e juventude.

O dia do casamento de Dulce e Christopher chegou numa linda manhã calorosa que prometida trazer bons presságios.



A mulher saiu de sua casa e parou ao lado do marido.

- Está um lindo dia não concordas minha querida?

- Sim é um lindo dia. - ela sorriu. - Recordo-me que foi em um dia lindo assim que o conheci.

O homem sorriu e segurou a mão de sua esposa com força levando aos lábios e depositando um beijo.

Os passos apressados do filho deles fizeram ambos se afastar.

- Está acordando, está acordando! - o garoto de oito anos respondeu.

A mulher entrou correndo na casa seguida de perto pelo marido. Ao entrar no quarto sua filha de 04 anos estava sentada na beirada da cama ao lado de um rapaz. O mesmo se debatia e murmurava incoerências.

- Não está acordando, são delírios da febre. - a mulher respondeu passando a mão pelo cabelos negros do rapaz. - Sei que desaprova marido, mas devíamos ter avisado alguém sobre este rapaz. Nota-se pelos trajes com os quais chegou aqui que pertence a nobreza, de certo estão à sua procura.

- Perdeste o juízo esposa?! Este e o outro que não conseguimos salvar foram vítimas de uma emboscada. Não podemos contar a ninguém que este rapaz está aqui, não antes que ele desperte e nos diga em quem possamos confiar para dar-lhe seu paradeiro. - o homem respondeu. - Ferido como estava não morreu por um milagre, mas ele ainda está demasiado debilitado, temos que guardar segredo entenderam? - encarou a esposa e os dois filhos presentes no quarto. - Ninguém deve saber que temos um hóspede em nossa casa.

- Sim, meu marido, tens razão. - a mulher concordou assim como as crianças.



Anahí abriu a porta do quarto onde sua irmã permanecera trancada durante toda a manhã, longe dos olhares curiosos. Quando avistou Dulce totalmente pronta não pôde deixar de sorrir. Dulce estavasimplesmente linda no vestido de noiva de sede num tom perolado bordado. Os cabelos estavam cacheados e a tiara que segurava o véu era cravejada de pedras como rubi, esmeralda e diamante.

- Oh graças a Deus apareceste, pensei que desmaiaria aqui se continuasse sozinha.

- Acalme-se, vim avisá-la que está tudo pronto e daqui a pouco nosso pai virá busca-la.

- Graças a Deus! - Dulce suspirou se abanando, o vestido de manga comprida ajudava a lhe causar calor.

- Estas linda amada irmã. - Any sorriu admirando-a.

- Minha felicidade não é completa e como poderias ser com o que aconteceu a você? - Dulce suspirou.

- Não penses em mim. Pense em ti e prepare-se para toda a felicidade que lhe aguarda.

- Queria que pudesse desfrutar dos mesmos sentimentos amada irmã.

A porta se abriu naquele momento e o Conde Portillo entrou. Ao ver a filha seus olhos marejaram.

- Estas linda, meu amor.

- Obrigada meu pai. - Dulce sorriu seus olhos marejando ainda mais.

Anahí sorriu e respirou fundo pra não começar a chorar. Pegou o anel de noivado que Alfonso lhe dera e Elizabeth concordara em deixar com ela e acariciou a pedra. Se tudo tivesse saído como o planejado, Anahí seria uma mulher casada e estaria extremamente feliz com sua condição.

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