Reese Wright despreza quem diga que o que faz é uma besteira de cabeça oca. Pra ela e o resto de sua equipe, o Cheer é um esporte como todos os outros, como foi registrado na federação esportiva já faz muito tempo.
De fato as Queenlioness têm rotin...
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A Reese não percebeu que eu estava chegando e a vi quando saiu sala do Becker.
Meu compromisso era seguir para o vestiário, mas por sorte eu havia estado mais adiantado que meus colegas e ao invés de ir me trocar, eu a segui quando saiu do túnel até o gramado.
Fui cuidadoso em manter uma certa distância quando ela parou ao lado da treinadora. Não sei se alguém percebeu, mas ela parecia um pouco transtornada olhando freneticamente de um lado para o outro.
Estava curioso pra saber o que tinha acontecido naquela sala e escolhi por esperar quando Miranda mandou a equipe entrar em formação, soltou uma música caótica junto com uma coreografia caótica que eu não poderia sequer entender. Era muita coisa acontecendo em apenas uma performance que para finalizar Reese foi jogada girando para o tipo de uma pirâmide que no meu ponto de vista era perigosa pra qualquer ser humano que se preze.
Nos treinos a pirâmide era apenas uma pirâmide, um negócio pequeno que ninguém imaginaria que poderia matar algumas garotas. Mas ali era quase um arranha céu.
Quando eu vi ela ser devolvida do chão com uma série de outras acrobacias, estava pronto para me oferecer pra tirar ela lá de cima e até suspirei de alívio ao ver aquela pirâmide ser desmontada sem acontecer nenhuma catástrofe.
Esperei a treinadora dispensá-los e todos da equipe se dispersar para os túneis, para usar o vestiário que sempre era cedido a equipe de torcida.
Reese parou no início do túnel quando me viu, e esperamos que nenhum deles estivessem mais por perto.
Eu franzi a testa segurando a alça da minha mochila.
— Está tudo bem? — perguntei.
Ela andou de um lado para o outro agitada. Isso parecia dizer tudo, menos que ela estava bem. Mas ela assentiu, confirmando com a cabeça.
— Tem certeza? porque você não parece bem. — continuei.
Eu estava preocupado, porque em um momento ela estava falando mal de Caleb, e agora ela estava saindo da sala dele.
— Eu só não estou confiante, entende? Acho que me falta flexibilidade. — Reese respirou fundo, e encostou na parede. — Me ajuda aqui?
— O que você quer que eu faça?
— Você vai pegar meu tornozelo e esticar minha perna acima da minha cabeça. Tem que encostar a ponta do meu tênis na parede, ok?
Concordei balançando a cabeça, deixei minha mochila no chão e me aproximei dela, fazendo exatamente o que tinha me pedido, pressionando meu corpo no dela pra manter a estabilidade e o equilíbrio de Reese.
Isso deixou meu corpo muito perto do dela, não teria nenhum problema se ele não fosse tão reativo ao que era Reese Wright, e se eu não tivesse vivendo uma abstinência infinita porque ela me obrigou.
