v i n t e & s e t e

692 61 2
                                    

Parecia que eu procurava por qualquer desculpa para estar perto de Reese

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Parecia que eu procurava por qualquer desculpa para estar perto de Reese. Ela tinha o que comemorar, a classificação para os estaduais, e eu queria comemorar com ela.

Eu peguei a melhor champanhe disponível no hotel, duas taças e subi o elevador até seu andar.

Eu sabia que Taylor não estava na suíte, eu a vi fugir do quarto mais cedo e pelo que eu sabia, ela costumava escapar desse jeito e voltar apenas no dia seguinte.

Bati na porta de Reese, então ela resmungou alguma coisa de dentro da suíte autorizando a minha entrada.

Eu fui com cautela, e a encontrei deitada na cama de barriga pra cima, com os dois braços abertos.

— Você não deveria deixar as pessoas entrarem desse jeito. E se fosse um assassino?

Ela levantou, percebi em sua expressão que aquela garota não parecia alguém que havia acabado de ser classificada para a próxima fase uma competição. Sua frustração, os olhos marejados de alguém que parecia ter chorado e a massagem que deu nas têmporas.

Não era a Reese feliz de quem eu havia me despedido há algumas horas.

Eu abaixei na frente dela, passando a mão em sua bochecha.

— O que aconteceu?

— Não é nada, eu só estou me sentindo sobrecarregada.... — um sorriso, que não me convenceu, apareceu em seu rosto — Meu pai me ligou pra dizer que está feliz com a classificação.

— Mas adicionou coisas que ele espera de você.

— Ele quer saber porque eu não liguei pro amigo dele pra falar sobre o estágio, mas eu já estou concentrada em tantas coisas, agora. Ele espera que eu me escreva na aula de direito criminal do professor Eric Singer que vai abrir uma turma na próxima semana. Esse cara não pode simplesmente chegar quase na metade do semestre e abrir uma turma, é demais pra minha cabeça.

— Você deveria dizer ao seu pai, Rees. Dizer que está concentrada em muita coisa agora.

— Eu sei, mas.... — ela olhou pra baixo — Eu concordo com ele que essa seja uma boa oportunidade. Singer é um dos maiores advogados criminalistas do país, e meu pai disse que eu não deveria jogar fora a chance de aprender com ele. Ele quer que eu foque na minha carreira ou acha que eu vou fracassar. Eu quero ser uma advogada, não foi algo que ele me impôs. Mas ele acha que se for pra eu fazer, devo ser a melhor. Eu estou me sentindo pressionada.

O pior era que eu a compreendia completamente.

Meu pai não era tão simpático e falante quanto o pai de Reese, o senhor Wright conseguiria enganar facilmente qualquer pessoa com todo aquele sorriso e facilidade de agradar uma pessoa.

Mas isso era o que ambos tinham em comum. Pressionar seus filhos até não restar sanidade e nenhuma saúde mental intacta.

Eu respirei fundo, e levantei na frente dela, erguendo o champanhe e as taças.

Offside - 3Onde histórias criam vida. Descubra agora