v i n t e & n o v e

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Ser apenas a animadora de torcida dos Kinglions nem sempre se parecia com um fardo

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Ser apenas a animadora de torcida dos Kinglions nem sempre se parecia com um fardo. Confesso, nós tínhamos os nossos momentos de diversão, mesmo que nosso dever fosse balançar pompons e gritar pra torcida, liderando seus ânimos.

Havíamos acabado de comemorar um touchdown, ter uma vantagem no placar era bom, e torcer desesperadamente para que a outra equipe perdesse me lembrava da nossa competitividade 

Depois do show do intervalo, eu decidi ir atrás de Ethan nos túneis. Passei por Taylor conversando em sussurros baixos com Miranda, mas as ignorei seguindo em direção aos vestiários. Esbarrei com Caleb em uma das portas, eu respirei profundamente e continuei andando até chegar no meu destino e bater na porta.

A porta se abriu, e eu tive o azar de ter sido pelo treinador Conelly. Ele me olhou com aquela testa enrugada, e suas sobrancelhas erguidas.

— Algum problema, mocinha?

Eu olhei pra ele, sentindo um frio na barriga. Ele me assustava, mas pelo fato de eu ter visto o como homem poderia ser rígido. No entanto eu só queria ver Ethan, e era melhor que eu não arriscasse sendo sincera.

Eu tentei mostrar meu melhor sorriso, pra soar convincente.

— Eu posso ver Ethan? Eu tenho algo que pertence a ele. — apontei para o colar que ele havia colocado no meu pescoço antes da partida começar — Preciso devolver.

— Você pode dar isso a ele outra hora, como qualquer outra faria. — ele retrucou.

Eu respirei fundo.

Aquele treinador difícil estava me olhando com aquela cara de paisagem, como se Oliver e a filha dele já não tivessem batizado todo aquele túnel.

Eles sempre transavam antes de qualquer partida porque Oliver achava que isso dava sorte. Então, o treinador Conelly deveria aceitar que cada jogador tivesse a sua superstição, certo.

Eu tentei novamente.

— Esse é o colar da sorte do Ethan, ele deixou cair lá fora. Tenho certeza que ele não vai jogar direito se não tiver.

— Eu posso dar a ele.

— Não. Eu estou mais segura se eu fizer isso pessoalmente, senhor.

O homem respirou profundamente, como se estivesse buscando por paciência.

— Eu vou chama-lo, mas você tem cinco minutos.

— É o suficiente, senhor. — eu continuei com meu sorriso forçado até ele entrar no vestiário e sumir da minha vista.

Ethan apareceu alguns minutos depois com um sorriso convencido no rosto, passando a mão por seu cabelo desgrenhado. Ele cruzou os braços, se apoiando no batente da porta.

— Não acredito que você está tão ansiosa pra me ver, que até resolveu mentir para o meu treinador, Reese. — ele disse.

— Eu não menti. — passei a mão no colar dele. Ethan nunca o tirava do pescoço e agora estava comigo.

Offside - 3Onde histórias criam vida. Descubra agora