Reese Wright despreza quem diga que o que faz é uma besteira de cabeça oca. Pra ela e o resto de sua equipe, o Cheer é um esporte como todos os outros, como foi registrado na federação esportiva já faz muito tempo.
De fato as Queenlioness têm rotin...
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Corridas geralmente me tiravam a carga emocional do estresse. Tentei fazer isso pela manhã, me livrar da tenção que meu corpo recebeu na noite anterior.
Saber que Ethan ou mesmo Oliver estavam me vigiando era frustrante. Principalmente o primeiro, como se ele não confiasse em mim. Eu mesma já estava inclinada a confiar nele, achei que estivéssemos tendo um bom relacionamento para que tudo ficasse em paz.
Pelo visto eu estava completamente errada.
E Oliver? O fato de ele saber que eu tive um caso com Caleb me deixava frustrada, como também me fazia sentir culpada e envergonhada.
Eu não queria que ele soubesse a verdade, mas se fosse esse o caso, eu deveria ter a chance de me explicar. Não entendo porque ele não falou sobre isso comigo?
Mas por outro lado, pareceu ter sido melhor assim. Oliver teria tentado me fazer parar e provavelmente brigaríamos, porque eu estava tão cega por aquele homem que nada conseguiria abrir meus olhos.
Apenas a droga do banho de água fria sobre ele ser casado.
Como eu não percebi que ele era um cafajeste? Estava estampado naquele maldito sorriso sexy, e naqueles olhos azuis cheios de fogo.
Eu corri na direção do Funny Baker, e entrei na fila.
Peguei meu celular do bolso do moletom, as mensagens de Ethan da noite anterior lotavam o meu celular. Ele estava impaciente desde que me deixou em casa. Ele havia ficado estranhamente protetor desde que Oliver disse que achava que Caleb estava me cercando pelo Kinglion’s.
Guardei o celular de volta no bolso do casaco ao perceber que Ethan não havia me mandado nenhuma mensagem pela manhã.
A fila andou, eu senti uma lufada de ar quente contra meu pescoço.
— Reese! — A voz conhecida veio de trás de mim.
Caleb parecia não fazer questão de ser discreto, mesmo que o café pudesse estar cheio de alunos e alguns professores.
Eu não olhei pra ele. Se ele não queria esconder a merda dele, eu pensava exatamente ao contrário.
— Você está me seguindo? — perguntei, seguindo a fila.
Ouvi a sua risada, que não me despertou nada naquele momento. Eu só queria que ele saísse de perto de mim, pra manter a sua realidade.
Não sei o que deu, mas esperava que ele parasse de me incomodar.
— Você acha que é a única que vem aqui? Eu vim comprar um café. Minha esposa ama os waffles daqui.
Eu virei os olhos e ri sem humor.
— Alguém deveria dizer a ela que não fica tão bom se não comer na hora.
— Eu sei. — cantarolou no meu ouvido — Descobrimos isso juntos, lembra?
