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🛑: Capítulo contém cenas de alto teor explícito, conteúdo sexual gráfico e menção a subspace.

NA: subspace (ver aftercare, "floating", sub drop): Uma "chapação natural" que um bottom pode ter durante uma sessão intensa fisicamente ou emocionalmente. O sub pode se sentir desconectado do tempo, espaço e/ou do seu corpo e pode apresentar uma limitação na sua capacidade de comunicação. - BDSM Glossary

Divirtam-se.




As palavras que você sussurrou para somente nós sabermos
Você falou que me amava, então por que você foi embora?

[...]



San não sabia o que estava fazendo.

Mesmo que ele pensasse seriamente em deixar Wooyoung ir, manter o garoto afastado e simplesmente esquecer aquela loucura, seu corpo, sua boca, seus olhos faziam exatamente o contrário. Ele honestamente não conseguia evitar, e mesmo que muitos alertas soassem na sua mente naquele momento, a coisa mais quente e grotesca se apossou do seu peito quando ele viu que Wooyoung tinha decido e estava entrando na sua casa.

Seu santuário. O único lugar onde ele poderia ser ele. Sem demandas, palavras duras, responsabilidades e preocupações.

E vê-lo tão tímido entrando na sua casa era... diferente de qualquer pensamento que ele pudesse imaginar, Wooyoung olhou ao redor, curioso e alerta como um gatinho arisco. San estava se segurando um pouco, aliviado e ao mesmo tempo arrependido. Seu interior se revirando, como se ele fosse um maldito adolescente de novo, animado com algo tão fugaz. Ele sabia que deveria ter levado Wooyoung para sua própria casa e esquecido qualquer coisa que os ligasse. Era assim que deveria ter sido desde o início. San e Wooyoung eram opostos em quase todos os sentidos imagináveis, mas estava ficando mais difícil para o lutador negar que havia algo em seu núcleo que era atraído pelo fisioterapeuta.

ㅡ É bonita.

San acenou, distraído enquanto olhava para ele. Não era a primeira vez que ele trazia alguém para seu habitat natural, mas era estranho deixar alguém que não precisou de anos para conquistar sua confiança entrar. San deixou aqueles pensamentos confusos de lado e mostrou a Wooyoung o início da casa, passando pela sala de estar, um rápido vislumbre da cozinha e lavabo, e direto para o segundo piso, onde sequer cogitou um dos quartos de hóspedes que ele quase nunca usava. Seus pés moveram-se em direção ao próprio quarto com uma facilidade e familiaridade comum e Wooyoung o seguiu, em silêncio. San sabia que ele estava tão tenso quanto a si, mas tentou não imaginar demais.

Ele abriu a porta e deu espaço para Wooyoung passar, indicando o banheiro na primeira porta do cômodo enorme.

ㅡ Você pode tomar um banho se quiser, eu vou pedir comida. ㅡ ele disse.

ㅡ Ah... Onde estão minhas coisas?

ㅡ Tae vai trazer em breve, mas... ㅡ Ele estava molhado da chuva, então adiantava mais reclamar da garoa. ㅡ Você pode usar algo do meu armário.

A ideia poderia parecer inocente para qualquer um, exceto que San não era assim e ele não sabia por que diabos estava agindo daquela forma tão clichê.

Wooyoung o observou por um tempo, sem piscar ou reagir e quando o silêncio se estendeu demais, fazendo o quarto e a tensão pesar sobre eles, o fisioterapeuta acenou rapidamente e disparou para o banheiro, obviamente confuso com tantos sinais diferentes do lutador.

Dentro do banheiro e sentindo-se mais seguro dos seus próprios atos com uma porta o impedindo de pular no seu chefe e lamber seu rosto como um filhote perdido faz com seu dono, Wooyoung fechou os olhos e encostou-se no sólido e frio material da porta, pressionando sua mão firmemente na sua garganta e checando o pulso em êxtase, denunciando seu estado conturbado. Ele respirou fundo, tentando acalmar as batidas descompassadas do seu coração, os pensamentos e a confusão enervante que invadiu sua mente. O que estava acontecendo?

ROCKY; woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora