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É uma bela noite, estamos à procura de algo idiota para fazer.
Ei, querido...
Eu acho que quero me casar com você
(...)

YEOSANG E JONGHO


Yeosang se apressou em fechar sua última mala depois de ter passado os últimos quarenta minutos tentando achar uma forma de fazer suas roupas caberem organizadamente no espaço. Ele ainda tinha uma hora até Jongho chegar da academia para pegarem o vôo, mas a agenda do Kang era tão apertada que alugar alguns dias de folga custaram uma semana maluca para ele correndo de sala em sala de reunião para conseguir essa brecha. Mas, ele conseguiu. E tudo por uma boa causa.

Ele iria propôr.

Depois de ter passado horas ouvindo acordos de contratos e fechando negócios com o que pareceu ser metade da população da Coreia da Sul, Yeosang finalmente estava fechando sua última mala e se preparado para embarcar no fim de semana para aproveitar o feriado com seu parceiro em um chalé em Yeongdo, onde eles teriam caminhadas pela manhã, uma vista do mar da janela e um pouco de paz. Tudo estava pronto, as malas, as passagens, os compromissos pendetes, Yeosang contou nos dedos de uma mão seguindo a lista mental que formava na sua cabeça enquanto andava pelo quarto e tirava a gravata com a outra.

E quando a luz brilhou na sua mente, revelando o último item que ele estava esquecendo – novamente – e ele estava prestes a entrar em pânico de novo porque sem ele, o motivo da viagem para comemorar o Chuseok com Jongho em Busan não significaria nada, a campanhia da sua porta começou a tocar.

ㅡ Ai que merda. ㅡ Yeosang xingou baixinho, retirando o celular do bolso e correndo até a porta. Poderia muito bem ser Jongho chegando mais cedo da sua reunião e apressando a viagem. Ele gostava de ser pontual, e lidar com aeroportos sempre era uma dor de cabeça e seu namorado preferia se garantir em um assento no avião do que na sala de embarque sem ele. Yeosang desbloqueou o aparelho, indo nas últimas chamadas e apertando no contato de San ao mesmo tempo que digitava a senha no monitor de segurança da sua porta.

A chamada tocou e tocou, mas o aliviou inundou Yeosang quando ele abriu a porta e viu seu melhor amigo do outro lado da porta segurando o celular na mão com uma expressão sombria.

ㅡ Por que você está me ligando? Tô bem aqui. ㅡ San perguntou, rejeitando a ligação e deslizando o aparelho para o bolso da sua calça.

ㅡ Pensei que fosse o Jongho na porta. ㅡ Yeosang retrucou. ㅡ Nunca fiquei tão feliz por ver você na minha vida.

ㅡ Não queria que o Jongho descobrisse seu segredinho antes da hora? ㅡ San provocou, dançando com suas sobrancelhas. Yeosang empurrou o ombro dele, recebendo um biquinho dramático e uma risada sarcástica.

ㅡ Por que demorou tanto?

San sorriu devagar, cruzando os braços e dando de ombros.

ㅡ Transito.

ㅡ Mentiroso. ㅡ Yeosang silabou, suspirando. ㅡ Seu cabelo tá molhado, você está vermelho e com essa carinha presunçosa de quem transou.

ㅡ Eu não tenho uma cara presunçosa. ㅡ San respondeu, apertando os olhos para ele e tentando parecer sério. ㅡ E eu não fiz nada.

ㅡ Você anda com essa cara ultimamente, é difícil notar e eu aposto que sei o motivo. Eu sei o que está acontecendo.

ㅡ Você não sabe nada da minha vida, Yeosang. Não tem nada acontecendo. ㅡ Yeosang suspirou, balançando a cabeça. Ele não era estúpido, nem ninguém ao redor de San era para não notar que ele tinha mudado nas últimas semanas.

ROCKY; woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora