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TW: Seguinte capítulo contém cenas fortes de violência.


"Uma vez, acreditei que o amor era vermelho ardente. Mas, é dourado.
Como a luz do dia."


Pai?

Wooyoung não acreditou na palavra que deixou sua boca, o sussurro trêmulo perdido na cafofonia de vozes preenchendo todos os espaços do clube em tons cheios e raivosos, ansiosos pela luta. Mas, longe de todo o caos que o lugar se ambientava, Wooyoung conseguiu sentir cada pulso do seu coração batendo contra sua caixa torácica, adrenalina queimando seu caminho pelo seu sangue. Era como se tudo ao redor tivesse desaparecido por um simples momento, apenas os olhos confusos e intrigados tão semelhantes aos seus o encarando de volta com a mesma expressão. Wooyoung queria estar enganado, mas de fato, era seu pai ali. O fantasma em carne e osso.

Wooyoung ofegou quando estar perto se tornou demais e puxou seu braço de volta, protegendo seu pulso com sua mão e olhando ao redor, tudo, vozes e realidade voltando para si ao mesmo tempo. Wooyoung tropeçou para trás, mas conseguiu manter seus pés enquanto seus reflexos conscientes e familiares entraram em alerta, duramente conquistados pelo conhecimento de que um encontro com Junwoo nunca era coisa boa. Wooyoung respirou fundo, deixando seu ressentimento de lado e olhou direto nos olhos do homem que não fez metade do serviço que sua mãe fez para criá-lo, mas ainda sim era seu pai.

ㅡ Wooyoung! É... O que faz aqui?

ㅡ Eu quem deveria perguntar o que faz aqui. ㅡ Wooyoung mordeu de volta, duramente. Seu pai deu um passo na sua direção tentando alcançá-lo, ao que Wooyoung andou para trás. ㅡ Bem, é bem óbvio de qualquer forma.

ㅡ Filho, não é o que você está pensando.

Wooyoung poderia sentir a mentira se formando na expressão simpática demais, paternal e endossada com melancolia em Junwoo. Ele abaixou seus olhos, suspirando para Wooyoung e o menor riu, forçando um sorriso.

ㅡ Não? Então, você não está aqui pra perder o dinheiro de alguém em apostas? ㅡ Wooyoung atirou, desafiando o Senhor Jung. Ele olhou por um momento para o filho ressentido, sombras profundas correndo pelas íris e escondendo mais do que um vício sendo alimentado naquela noite.

ㅡ Escute... Wooyoung, não é assim.

ㅡ Já ouvi essa Junwoo, e quer saber? ㅡ Wooyoung respirou fundo, aliviando o peso que parecia puxar seus ombros para baixo. ㅡ Eu não me importo. Não é problema meu.

ㅡ Eu parei, eu juro. Estou trabalhando agora. ㅡ Wooyoung encarou placidamente. Junwoo sempre estava trabalhando. ㅡ Cara estranheiro, paga muito bem. Estou colocando minha vida nos trilhos... Eu quis ir atrás de vocês, mas sei como você iria reagir.

Wooyoung olhou para seu pai, nada do que ele dissesse iria convencê-lo, não depois da última surra, ameaças e noites dormidas com medo, pelo voto de confiança falso que ele cedeu ao seu pai e foi duramente traído.

ㅡ Sinto muito pelo o que eu fiz, mas Sarje... Você sabe como ele é. ㅡ Ah, Wooyoung sabia.

ㅡ Eu sei. ㅡ Wooyoung respondeu firme e venenoso. ㅡ Conheço bem como ele cobra dividas. Suas dividas, mas, você não conhece porque nunca foi você que dormiu com o olho inchado, com medo de outra batida na porta.

ㅡ Me desculpe. ㅡ Wooyoung riu, balançando a cabeça. Desculpas não resolviam nada. Ao redor, gritos encheram o lugar quando o locutor uivou o nome dos lutadores e os dois homens foram trancados na jaula de ferro prontos para lutar.

ㅡ Fique com suas desculpas, não preciso delas agora.

ㅡ Wooyoung, estou tentando melhorar. Eu prometo...

ROCKY; woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora