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Aquele lugar dos meus sonhos, alguém me leve lá. Saindo da cidade cinzenta e seguindo a luz, para aquele lugar em nossa memória

[...]





A recuperação ia ser uma vadia ingrata.

San esperava passar o tempo em recuperação com Wooyoung, mas ele tinha algumas barreiras para quebrar primeiro. Uma dela era seu orgulho, principalmente porque ele nunca realmente teve alguém cuidando dele tão de perto. Não desde que ele era criança rodeado de babás, sem amigos para brincar, além de seguranças. Em toda sua vida, ele lutou sozinho.  Seu relacionamento com Wooyoung era bom, mas ainda sim, era novo e San era uma pessoa difícil, ele já tinha machucado o fisioterapeuta porque não sabia como lidar com a nuvem densa que eram seus sentimentos. E aquilo era território desconhecido para San. E se eles levassem um ao outro à loucura, Mais do que já faziam? San estaria adoentado a maior parte do tempo sem mencionar sua condição atual na mistura. Não ser capaz de fazer as coisas por si mesmo iria frustrá-lo depois de um tempo?

Ele tinha certeza disso. E, San não era uma pessoa que tolerava frustrações.

Mesmo assim, Wooyoung insistiu em ficar ao seu lado. Sua casa era maior e mais manobrável do que a casa de Wooyoung. E San tinha um sofá muito bom e ajustável. Quanto menos ele forçasse sua perna, melhor. Ele já tinha lido as recomendações para sua recuperação em casa que o médico lhe tinha dado, e era estritamente desaconselhável qualquer trabalho ativo que pudesse impedir sua cura. Pelo menos durante as primeiras semanas. Wooyoung estabeleceu quantas escadas ele poderia subir, quanto tempo ele poderia andar, e que trabalho doméstico ele poderia fazer.

Definitivamente não dirigir.

Sem treinos.

Sem trabalho.

San soltou um suspiro pesado.

Talvez isso fosse bom para eles, era isso o que ele tinha em mente a maior parte do tempo em que sua mente voltava aquela ideia de que seus dias dominando nos ringues tinham acabado. O gosto amargo da derrota ainda estava lá, mas não era tão ruim, porque logo em seguida, a visão que preenchia sua mente e seu coração valia a pena. Uma imagem do sorriso cheio e morno de Wooyoung vinha à sua mente, e San se via seguindo o exemplo.

A caminhada até o carro depois que saiu do hospital tinha sido um pé no saco. San ficou pelo menos seis dias no hospital em observação para terem certeza que ele poderia seguir para tratamento conservador e, sua perna continuava idiota, mas felizmente os ferimentos internos estavam indo bem, seu pulmão aos poucos estava fazendo seu trabalho sem causar nenhum dano ou tosse intermitente, nenhum desconforto aparente e seu ombro estava em recuperação.

ㅡ Isso é péssimo. ㅡ Ainda sim, San estava fazendo beicinho.

O hospital havia lhe dado muletas para usar, juntamente com uma lista de exercícios que ele deveria fazer a cada dia antes das sessões de terapia para a perna começar a acordar. As muletas o irritavam. Sua perna não cooperar o aborrecia. O imbecil que saía de sua vaga de estacionamento com a cabeça até o rabo dele o incomodava.

ㅡ O cara está saindo. ㅡ San resmungou.

ㅡ Eu estou vendo. ㅡ Wooyoung respondeu. San preferiu ignorar a diversão na voz de seu parceiro.

ㅡ Bem, eu não acho que ele te vê. ― San se aproximou mais de Wooyoung e bateu com o punho contra a buzina antes de pressionar o botão da janela e gritar. ㅡ Ei, cuidado!

O carro parou, e o cara olhou para  San. Depois, seguiu.

ㅡ Ele acabou de me ignorar?

ㅡ Hmm...

ROCKY; woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora