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Quando Wooyoung era pequeno, ele morria de medo de andar em uma montanha-russa.

[...]




Wooyoung chegou ao trabalho no dia seguinte com zero da energia que tinha saído. Com metade do rosto coberto por uma máscara, ele saiu do elevador. Aquela hora, nem mesmo o sol tinha aparecido nas janelas, mas Yunho já estava sentado atrás da sua mesa, balançando na cadeira. Ele levantou o rosto com um sorriso para cumprimentar Wooyoung, mas sua expressão caiu quando ele viu o fisioterapeuta.

ㅡ Meu Deus! O que aconteceu com você? ㅡ Ele exclamou, se levantando. Wooyoung odiou a atenção. Ele tirou a máscara e colocou sua bolsa na sua mesa. Subin tinha passado um pouco de maquiagem para disfarçar o hematoma no seu rosto naquela manhã, depois do sermão sobre o quão perigoso o bairro deles eramz mas ainda sim, estava feio.

ㅡ Fui assaltado. ㅡ Wooyoung resmungou, citando a mentira que tinha inventado para o seu irmão e mexendo na sua bolsa.

ㅡ Meu Deus, Woo!

ㅡ Tá tudo bem, estava tarde quando eu sai, mas só levaram o relógio e o dinheiro. ㅡ Sua história viria a calhar para enfrentar o demônio, mas ele não estava nenhum pouco ansioso para dizer que tinha perdido o relógio de milhões. Centenas. Ele nem tinha ousado pesquisar saber quanto o relógio valia. Wooyoung com certeza teria o pescoço quebrado muito em breve não importava se o relógio custava 1 dólar ou 15,000.

Ele não esperava que as coisa entre eles mudasse depois de ontem. Parecia, na verdade, algo muito distante e irreal de acontecer com eles.

ㅡ Sinto muito, Woo. ㅡ Yunho soprou soando arrependido. Wooyoung ofereceu um sorriso pra ele. ㅡ Se eu não tivesse te amolado até tarde aqui com minha história você tinha voltado pra casa cedo e não teria sido assaltado.

ㅡ Quem foi assaltado? ㅡ Wooyoung sequer moveu um músculo ao som da voz firme. Ele continuou fingindo procurar alguma coisa na bolsa enquanto Yunho se atrapalhava para voltar a mostrar serviço. ㅡ Eu fiz uma pergunta.

Wooyoung suspirou. Tão cedo para ele começar com as besteiras. O fisioterapeuta se virou, o olhar plácido encontrando o do lutador. San franziu o cenho, o olhando firmemente.

ㅡ Eu fui. Sinto muito, eles levaram o relógio que o senhor me deu. ㅡ Wooyoung cuspiu a mentira tão facilmente. San estalou os lábios, o olhar intenso sob Wooyoung fazendo sua pele queimar. Ele engoliu, pela primeira vez em muito tempo, desviando o olhar.

ㅡ Tudo bem, consiga outro, então.

Wooyoung não esperava exatamente que a atitude de San em relação a ele se suavizasse depois que Wooyoung mais uma vez ganhou o jogo da galinha dele. Ou que houvesse algum traço de simpatia nele. Crueldade e perversão corriam nas veias do demônio.

San entrou na sua sala e o dia continuou como mais um.

Claro que as coisas não mudariam.

Foi apenas na noite seguinte após o incidente da punheta que a montanha russa dos dois fez uma curva brusca. Wooyoung havia terminado seu trabalho do dia e estava mais do que pronto para ir para casa e ter uma boa noite de sono. Ele só teria que dizer ao seu chefe que estava indo embora de uma vez. Wooyoung bateu na porta antes de abri-la e enfiar a cabeça para dentro.

ㅡ Terminei. Estou indo embora! ㅡ Ele tentou fechar a porta rapidamente antes que Satanás pudesse lhe dar outra tarefa. Mas é claro que não funcionou.

ㅡ Entre. ㅡ Gemendo interiormente, Wooyoung fez o que lhe foi dito.

ㅡ O quê?ㅡ ele disse mal-humorado, entrando na sala e fechando a porta talvez com mais força do que o necessário. Ele estava cansado, caramba. Ele tinha estado tão ocupado o dia todo. Além das milhões de tarefas habituais, ele estava encarregado de cuidar dos esquemas terapêuticos de San, porque uma luta estava se aproximando.

ROCKY; woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora