08 - Baile de Gala

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Wednesday

Já haviam se passado dois dias desde que eu e Enid tínhamos chegado em Washington. Durante esse tempo, nós apenas apreciamos passeios como zoológico, karaokê, restaurantes, etc.
Mas hoje seria diferente. Hoje era o dia de "listar" os gêmeos da "Família Hilston".

Um baile aconteceria em apenas algumas horas. Seria uma festa para aproximar possíveis associados e investidores. Era a chance perfeita.
Este baile seria meu álibi.

E Enid seria minha cúmplice. Este seria o único assassinato no qual Enid estaria diretamente envolvida. Mas ela disse que colaboraria e que iria me ajudar.

Hoje Samara e Stuart Hilston seriam meus alvos. E eu nunca erro.

[...]

- Wen. - escutei enid me chamando, eu estava terminando minha maquiagem quando me virei para ela. - Você acha que assim está bom?

Por Deus, Enid estava deslumbrante.
Ela usava um vestido vermelho e comprido, era quase que completamente fechado na frente, mas com as costas à mostra.

- Você não está nada mal. - para mim, Enid estava espetacular, mas ela não precisava saber disso, pelo menos não agora.

- É...você também está bonita. - ela deu uma pequena analisada no vestido em que eu usava, ele era comprido e justo com um decote em V, sua cor era quase de esmeralda. Parece até o tipo de vestido que minha mãe usaria. - Você fica bem de verde.

- Obrigada, cara mia - eu a respondi ironicamente. Não era muito de fazer brincadeiras e sempre tentava me manter neutra, mas com Enid eu me sentia confortável.

[...]

Já estávamos no tal baile. Aparentemente a "divulgação da nova unidade imobiliária" era apenas uma fachada para que pudessem realizar os verdadeiros negócios. Durante aquela noite uma nova droga seria apresentada ao mercado.
Realmente os Hilston não estavam lá para perder tempo. Eles possuíam todo tipo de droga, e as mesmas eram utilizadas em todos os lugares daquele salão.

Isso incomodava Enid. Ela nunca gostou e nunca possuiu algum tipo de contato com as substâncias ilícitas. E eu sabia disso.
E apesar de ter um certo contato com esse tipo de situações, onde o tráfico esteve presente em alguns momentos de minha vida (já que meu pai obteve com o tempo acordos com algumas das grandes famílias de narcotraficantes), ainda sim eu também não me agradava muito com o ambiente.
Eu apenas queria sair logo daqui.

Então após conversar um pouco com algumas das pessoas presentes no grande salão de festas, nós finalmente iríamos por o plano em prática. Eu iria ser como uma "representante" do meu pai, um 'disfarce' muito bom. A melhor parte era que ele concordou em nos acobertar caso algo desse errado.

Consegui ver que a Sinclair foi em direção à mesa onde muitos tipos de bebidas estavam disponíveis e buscou dois drinks. Após isso ela pode colocar a substância que possuía dentro de um pequeno recipiente de vidro. Foi surpreendentemente fácil realizar a tarefa sem que ninguém percebece. Talvez Enid fosse melhor nisso que havíamos pensado.

Enquanto ela agora conferia se os convidados não iriam prestar atenção nos gêmeos que comandavam o tráfico pela cidade de Washington e em muitos outros lugares, eu iria executar a parte mais crucial do plano.

Vesti minhas luvas e peguei uma das facas que estavam penduradas numa das paredes. Umas três pessoas já haviam tocado naquela faca, isso com certeza nos ajudaria. Ficar 40 minutos apenas observando dentro do armário daquele escritório me rendeu muitas informações.

Os dois já haviam ingerido suas bebidas e estavam praticamente desacordados. Por tanto não foi nem um pouco difícil cravar o objeto em suas gargantas. Aquela sala ter "proteção acústica" foi um dos principais motivos para eu a ter escolhido.
Saí da sala assim como entrei: ninguém tinha me visto.

Enid estava na frente do escritório mexendo em seu celular e quando saí ela me lançou um olhar aliviado.

Mas para sair daquele corredor teria de ser um pouco difícil. O corredor estava vazio quando eu saí, mas quando estávamos quase chegando no final do corredor para voltar ao salão, pude ouvir algumas vozes se aproximando e puxei Enid para um dos pilares que haviam ali.

- Eu vou precisar fazer uma coisa. Mas você precisa agir naturalmente.

- o que? Como assi-- eu a interrompi acabando com a distância entre nós duas.

Um selar de lábios suave e demorado a princípio. Mas logo após, eu decidi o aprofundar. Quando as vozes chegaram mais perto pude perceber que eram de três ou quatro pessoas. Todos os indivíduos pararam e pude escutar uma garota dizer:

- Parece que já tem gente aqui. - ela disse levemente nervosa e então eu me separei de Enid. - Sinto muito garotas, não queríamos interromper.

- Tudo bem. Nós já iríamos sair.

- Ah cara, nos perdoe. - um garoto disse nervoso. - Sério.

- Sem problemas. - Dessa vez foi a Sinclair que o respondeu. Ela tinha um sorriso gentil estampando seu rosto.

Após esse ocorrido nós já estávamos fora do estabelecimento. O lugar já não tinha mais tanta gente quanto no início do evento. Muitas pessoas já tinham ido embora.

Eu abri a porta para Enid e logo depois, dei a volta pelo carro e me sentei no banco do motorista.

- Quer ir para algum lugar antes de ir para casa? Sei que com certeza terão paparazzis no "wasfast".

- Pode ser.

Então nós fomos em direção ao restaurante. Como membro de uma família reconhecida, eu sabia que se a informação de que a principal herdeira havia reservado uma mesa para dois em um dos principais e mais luxuoso restaurante da cidade, seria o álibi perfeito para nos colocar em outro tipo de holofotes.

Seria melhor se tivesse algo que pudesse nos tirar da cena do crime.

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Por hoje é isso.
Capítulo meio paia mas fazer oq né ?
Será que esse beijo foi só atuação mesmo?
Vejo-os em breve.

- Ana Lu

A Dupla Quase Perfeita - Wenclair (autoral)Onde histórias criam vida. Descubra agora