34 - Atentado.

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Wednesday

O dia estava ensolarado. Insuportavelmente quente para um dia na estação de outono.

Eu estava finalizando a apresentação de minha exposição.

Ao todo, eu estava 'apresentando' nove quadros.

Surpreendentemente muitas pessoas apareceram para o evento.

Eu estava cansada e faminta.
Faziam exatas doze horas nas quais eu estava apenas em pé descrevendo minhas próprias pinturas.
Fiz isso tantas vezes que já devo ter interagido com umas cem pessoas no mínimo.

Felizmente o horário da exposição havia acabado.

Quando estava prestes a sair da galeria, sinto meu celular vibrar em meu bolso.

Atendi assim que li o nome "Cara mia" no aparelho.

Mas para minha surpresa, não era Enid do outro lado da linha.
Era uma voz modificada.
Levemente parecida com aquela voz que os ghostfaces usam nos filmes da franquia "pânico".

- Olá, Wednesday. - a voz disse pausadamente.

- Quem está falando? - questionei com meu tom de voz esboçando neutralidade.

- Ah, isso não importa. O que irá te interessar será outra coisa.

- Do que exatamente se trata essa ligação? - eu perguntei de maneira monótona, mas já podia sentir a angústia se alastrar pela extensão de meu corpo.

- Bem...Chega de joguinhos. - A voz proferiu as palavras com impaciência. - Sua namoradinha, Enid Sinclair vai pagar pelo que fez. E você irá junto!

- Do que está falando?

- O assassinato no qual sua namorada saiu imune.

- Ela é inocente, além do mais, os dois garotos envolvidos tentaram matá-la. Já foi comprovado como legítima defesa. - eu estava ficando sem paciência. - Além do mais, por que está se dando o trabalho de nos importunar? Quer a atenção da mídia? Que tipo de maníaco você é?

- Vocês duas iram pagar, guardem minhas palavras.

E logo após isso a chamada foi encerrada.

Mas que droga estava acontecendo?
Será que eu nunca vou ter uma única semana normal?

Talvez seja o karma se realizando em minha vida.

Nesse caso, aceito a punição.

Decidi ligar para minha mãe, já que a mesma estava com Enid.
As duas combinaram de fazer compras juntas.

- Alô, querida? - pude ouvir a voz de Mortícia do outro lado da linha.

- Oi mãe, a Nid está aí?

- Claro. Vou passar para ela.

Após alguns segundos pude ouvir o som de uma respiração e logo a voz de Enid preencheu meus ouvidos.

- Oi Wenwen! - a loira disse animadamente.

- Oi Nid. Aonde você deixou seu celular?

- Eu acho que esqueci no stand da emissora. Lá no parque. Acabei de pedir para a Yoko e o Ajax ligarem caso encontrassem.

- Bem, acho que alguém encontrou.

- Como assim? - pude perceber que a Sinclair estava confusa apenas pelo seu tom de voz.

- Acabaram de me ligar pelo seu número. Era aquela voz meio robotizada que você disse ter escutado quando eu 'sumi'. - eu disse calmamente.

A loira estava muito confusa e realizou várias perguntas nas quais eu não sabia a resposta.

- Continue com minha mãe. Nós vamos passsar um tempo na casa de meus pais, acho que lá seria mais seguro. Deixe que eu pego nossas coisas. - eu falei enquanto entrava no carro.

- Tá bom. Beijo, eu te amo. - Enid disse e eu sorri espontaneamente.

- Também te amo, cara mia. - foi a única coisa na qual eu pensei em responder antes de desligar.

Assim, dei partida no carro e segui em rumo ao apartamento.

[...]

Chegando em casa, percebi a porta destrancada.
Uma pequena marca de arrombamento estava presente na área próxima à maçaneta.

Peguei uma das pedras que estavam no grande vaso do corredor e decidi entrar.

Assim que entrei fui verificar o resto do apartamento. Tudo estava revirado, mas aparentemente nada havia sido roubado.

Ninguém estava presente no local.

Acionei os seguranças de meu pai e peguei nossas roupas e tudo no qual poderíamos precisar. Saí indo em direção à casa de meus pais.

Eu iria encontrar o responsável por este atentado e com certeza o faria pagar pelo incômodo.

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Capítulo curtinho.
Quem será o responsável por esse inconveniente?

Espero que estejam gostando.

Besos, Los amo..

Hasta la vista

~Ana Lu.

A Dupla Quase Perfeita - Wenclair (autoral)Onde histórias criam vida. Descubra agora