Aviso: Esse capítulo contém cenas de assédio! Se sentir incomodado(a), pule a cena do flashback!
LUÍSA NAKAMURA
Aquela imensidão de ódio foi transmitida em seu olhar, pois com certeza ele iria me devorar por inteira ou ser condenada a uma morte lenta e dolorosa. Meu coração acelerou de tal maneira que quase poderia sair pela minha boca, engoli a seco, mantendo fixa a ele, como um alvo perfeito. O medo me dominava aos poucos, porém precisava fazer alguma coisa.
— Quem você pensa que é?!!! — Disse firme, levando sua mão direita ao meu pescoço, trazendo um desespero em busca de ar. — Olha só pra você, o que pretendia fazer?
O ódio que estava em seu rosto foi sumindo, dando espaço a um sorriso acompanhado de deboche em minha direção.
Ele estava duvidando de mim...
— Nunca brigue com garotos, pode ser muito perigoso. — Alertou minha mãe, finalizando seu café. — Você é pequena demais.
— Ah, tchau mãe!
Estava farta das implicâncias dos garotos da minha escola, sempre me enchendo o saco por não querer nada com eles ou pelo meu senso de humor agradável toda vez em que os via.
Caminhava rapidamente, se pudesse, voaria por estar atrasada, estava nos últimos dias de fundamental, não queria errar em nada. Ao cruzar a esquina da escola, fui puxada através de minha mochila nas costas.
— Atrasadinha, hein. Tava fazendo o quê? — Susurrou a voz irritante de um dos garotos que me perturbava todos os dias.
— Não interessa. — O empurrei, de modo que ele largasse minha mochila. — Me deixa!
— Hoje não. — Surgiu mais um em minha frente, igual ao outro idiota de sempre, alto e um tanto forte. Um na frente e outro atrás, me cercando e diminuindo o espaço a cada passo que eles davam em minha direção. — Você é tão linda, já pode parar de se fazer de difícil.
— Vão se foder! — Olhei firme, o possível para mostrar que não estava com medo.
— Você vai ver quem vai se foder..
Minha barriga foi tomada pelos braços do que estava atrás de mim e minha mochila foi jogada longe, meus braços também ficaram presos pelos braços grossos do idiota, e o outro, passando a mão pelas minhas pernas e com isso a náuseas já estavam chegando. Não sabia como fazer para me libertar daquilo, o medo surgia conforme o tempo passava e lágrimas já tomavam conta de meu rosto. Não sabia lutar, não tinha ideia do que fazer, mas respirei fundo, me certificando que não queria sofrer nas mãos daqueles imundos.
Ele apertou minhas bochechas, enquanto sua outra mão passeava pelas minhas pernas.
— Tão fofa, mas tão atrevida. — Disse, subindo a mão até minha região íntima, a tocando com força em seus dedos, surgindo uma grande dor em meu peito, me fazendo chorar ali mesmo, sentindo uma angústia que nunca havia sentido antes. — Tá bom?
— Por....favor....— Implorei e ele trouxe seu ouvido até meu rosto, foi aí então que tive uma ideia. Não saberia se iria me salvar, porém arrisquei. — Quero te dizer uma coisa.
— Sabia que uma hora ou outra iria gostar. Diga.
Andei pra trás, fazendo o garoto que me segurava a fazer o mesmo, dando espaço suficiente para me aproveitar que estava sendo segurada e me inclinei, levantando minhas pernas da altura da barriga do meu inimigo e empurrá-lo com toda a força que tinha. O fazendo cair no chão.

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Detective Force
Misterio / SuspensoMistérios, suspense e resoluções de crimes sempre foram áreas do interesse de Hailey e Luísa, o que uniu as duas, fazendo-as seguir seus sonhos juntas. Anos depois, após se tornarem investigadoras nos Estados Unidos, elas recebem uma grande oportuni...