Detective Force

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LUÍSA NAKAMURA

Eu sempre soube que atrair um homem daquele seria um desafio novo pra mim, mas eu não sabia que isso iria ser mais desafiante tendo que fazer isso ao lado de Lee Taeyong. Não vamos um com a cara do outro e isso é fato, só que por incrível que pareça temos que estar bem juntos para fazer o nosso trabalho que amamos.

— Depois dos ensaios estamos indo ao aeroporto. — Disse minha amiga concentrada em suas coisas.

— Calma. — Parei à sua frente, esperando a boa hora da ruiva olhar pra mim, até ela olhar. — Você acha que eu pego toda a coreografia hoje? Você não me conhece não?

— Conheço mas confio no fato que temos agir o quanto antes e que você vai dá conta porque você é maravilhosa. — Um sorriso gentil formou-se em seu rosto.

— Dá me paciência. — Calcei minha conturno, me preparando pra sair. — Onde mesmo?

— No escritório, Luísa. — Olhei e seu sorriso gentil havia sumido. — Vai logo!

Ela também já não estava com muita paciência, então prossegui o caminho até meu destino indesejável, porém inevitável. Ao chegar no escritório, fui recebida pelo meu chefe gostoso e adorável. Impossível ficar sem sorrir ao lado de um homem desses, mesmo ele dando ordens.

— Aqui. — Chegamos a uma porta de uma sala mais escondida do escritório. — Eu não vou interferir, pois confio no trabalho de vocês.

— Sim, senhor.

Ele abriu a porta e voltou no corredor para sua sala, imagino. Enquanto a mim, respirei antes de entrar, a sala estava completamente vazia, ao não ser pelas janelas com a poeira acumulada. Fechei a porta encarando o homem à minha frente, com as mãos nas costas, parecia me observar por inteiro. Se eu me questionasse se valesse a pena não gostar da ideia de dançar com ele, com certeza anularia qualquer sentimento positivo que tenho em relação a isso, porque Lee Taeyong transmitia insatisfação em seu olhar. Como?

Seu olhar firme, as sobrancelhas arqueadas e o pé batendo contra o chão a cada segundo evidenciaram isso.

— Sei que não está gostando disso tanto quanto eu, mas só vamos fazer isso logo pelo bem da equipe. — Falei, me aproximando e apenas recebi um sorriso em resposta.

— Se vai ser rápido ou não, você quem irá determinar isso, Nakamura. — Ele desabotava os botões dos braços da camisa social branca, olhando para os meus pés. — Só um momento.

Ele saiu da sala porém retornou rapidamente trazendo saltos. Não era tão pequeno e nem muito grande, no entanto, era mais baixo que a minha conturno, ou seja, ficaria mais baixa do que eu aparento ser com ela. Foi exatamente nesse momento em que comecei a murmurar minhas doces palavras em relação ao meu parceiro de equipe.

— Imaginei que viesse de botas. — Estendeu o calçado pra mim, que peguei já tirando e colocando eles. Ainda bem que cuido bem dos meus pés e sapatos, se não, era mais um motivo pra esse cara falar mal de mim.

— Ótimo, vamos dançar tango.

Puta que pariu...

Não sou boa em nenhuma dança, mas tango, por favor.....

— Por que tango?

— Porque é a única dança que mais se encaixa no lugar onde Damon está, e que irá valorizá-la o suficiente para atraí-lo.

— Certo.
— Sabe algo de tango?

— Não, senhor. Na verdade não sou muito fã de danças.

— Ok. — Isso não o abalou, vi isso. — Isso pode demorar.