Detective Force

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HAILEY WILLIANS

Não precisamos procurar por muito tempo a casa do namorado de Victória, de acordo com os pais dela foi fácil achar seu apartamento. Entramos no prédio, já que nossa presença foi permitida assim que a segurança viu nossos documentos, o elevador seguiu conosco e algumas pessoas até chegar um momento em que restaram apenas nós três.

— Ele está em casa e estamos chegando sem avisar, vai ser bom pois vamos pegá-lo desprevenido. — Comentei.

— Sim. — Falou Taeyong, se permitindo encostar no espelho, olhando apenas para seus braços cruzados. — E toda observação será necessária.

Chegamos ao andar de Michael Roberts, namorado da nossa desaparecida Victória Swan. Batemos em sua porta, que nos instantes, fomos surpreendidos pela rapidez que foi aberta. Nisso, foi revelado um homem alto, moreno, corte de cabelo tradicional, olhos verdes e um pouco musculoso, seus olhos estavam curiosos, parecia ansioso para que falássemos algo.

— Senhor Michael Roberts. — Chamou senhor Taeyong.

— Sim? — Aqueles olhos ainda estavam ansiosos.

— Você é o namorado de Victória Swan, jovem de vinte anos desaparecida há três meses?

— Sim. — De repente, seu olhar não deixou de olhar em nossa direção, mas ficou baixo e sem vida.

— Teremos que entrar e fazer algumas perguntas. — Avisou.

— Certo. — Logo abriu mais um pouco a porta, que dava ao pequeno corredor, levando até a sala, que por sua vez, também não era muito grande.

Sentamos no sofá, já Taeyong na cadeira ao lado. A mesinha de centro continha papéis e anúncios do desaparecimento da vítima, além do notebook com um caderno e caneta ao lado.

— Sim. — Sentou, focando sua atenção inteiramente em nós. — Podem começar.

— Quando vocês se conheceram? — Taeyong iniciou as perguntas.

Eles haviam tido seu primeiro contato na faculdade, quando ganharam dois ingressos sorteados para um jogo de futebol americano, e desde então se deram muito bem. Ele contou com mais detalhes, na verdade seu olhar ganhava um certo brilho a cada palavra relembrando de como a conhecera.

— Então vocês tiveram em um relacionamento por um ano e meio, certo? — Me mantive focada em cada detalhe do homem à minha frente. Tinha a impressão de que ele não seria suspeito de nenhuma forma, havia clareza em tudo, mas mesmo com isso, a questão deve ser analisada diversas vezes e era isso o que estávamos fazendo.

— E nove meses. — Corrigiu, focando em mim, e imediatamente seus olhos ficaram marejados. — Eu ainda vou encontrá-la.

— É pra isso que estamos aqui. — Tomei nota de mais coisas. — Vocês brigavam frequentemente?

— As vezes. Tinha dias que ela ficava mal, eu perguntava se algo estava errado, se era a família, ou algo do curso dela mas nada, até que um dia a peguei brigando com seus pais pois não queria comer.

— Quer dizer que Victória tinha anorexia. — Concluiu Taeyong. — Senhor Roberts, agora vou precisar que seja sincero. — Aproximou-se ainda mais do jovem, apoiando os cotovelos nos joelhos, entrelaçando as mãos sem sair do contato visual. — O corpo dela nunca o incomodou, eu espero.

— Não. — Disse. — Nada nela me incomodava, apenas o medo que ela tinha de...— Ele parou, fechando os olhos.

— Senhor Roberts, precisamos do seu depoimento completo. — Explicou Luísa.