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HAILEY  WILLIANS



Nosso primeiro destino foi o estabelecimento onde foi feito o procedimento estético. A perícia ainda estava sendo feita e não divulgamos a morte aos familiares e ao público. Achamos melhor esperar um pouco. Lá não era grande, no entanto, possuía uma boa organização. Se tratava de um centro de estética onde havia serviços de sobrancelhas, unhas e cabelos. Optei por levar Luísa e Taeyong comigo, o que seria tranquilo diante de um caso desses. Já tínhamos a identificação da vítima, o que era de bom tamanho para a realização do que eu estava planejando desde o momento em que vi o corpo naquele matagal.

— Quando ela foi embora, ela estava acompanhada? — Perguntei a proprietária que aparentava ter uns trinta e cinco anos. Atenciosa em toda palavra que eu pronunciava. No entanto, ela não demonstrava tranquilidade. Seus olhos piscavam mais do que o normal e o movimento de seu pescoço e busto indicavam a respiração forte. — Precisamos dessa informação para sabermos do paradeiro dela.

— Sim, estava sozinha.

— Ela não comentou que iria até a casa de alguém? — Insisti, pois foi ela mesma que fez o procedimento. — Clientes costumam mexer bastante no celular.

— Ela falou com algumas amigas por ligação, mas não ouvi que fosse a algum lugar a não ser para casa.

— Há quanto tempo a conhece?

— Desde dez anos. A mãe dela é minha colega. — Seus olhos não conseguiam esconder as lágrimas insistentes. — Tudo o que vocês me perguntam, eu respondi na delegacia e até agora nada! Eu tinha a Mia como filha! Eu só quero ela de volta!

— É muito delicado, eu entendo. — Foquei a direção do meu olhar mais ainda na mulher à minha frente. — Precisamos da sua colaboração e resolver isso da maneira mais eficaz e rápida possível.

Ela apoiou-se sobre a mesa ao lado, recuperando do momento de fragilidade.

— O que mais posso ajudar?

Precisava confirmar uma coisa

— Qual a cor usada nas unhas de Emilly?

— Azul.

Ela me observou

— Tenho até a foto que bati antes dela ir embora. — Explicou, tirando o aparelho celular do bolso, mostrando a mão da garota e unhas pintadas assim como vimos na cena do crime. — Não sei o que nisso pode ajudar mas espero que ajude.

— Certo. Muito obrigada pela sua colaboração.

Fomos até as amigas mais próximas, e de acordo as observações minhas e do Lee, não houve nenhum indício suspeito. O que me deixou perplexa.

— Será que não foi algo planejado? — Minha voz saiu mais baixa do que imaginava na sala de reuniões, meus passos eram pequenos mas rodeavam toda a superfície daquele espaço.

— Está dizendo que simplesmente um criminoso se aproveitou da garota? — Lee me questionou. — Talvez não, Willians. Tem algo a mais.

— Vamos aguardar o laudo.

— Ela vive com a mãe e o padrasto. — Relembrou ele. — Temos que investigar a rotina dos dois naquele dia.

Sentei, ainda à procura de algo. No entanto, a solução estava no que Lee Taeyong havia dito, algo suspeito havia nos pais.

— Justamente pelo fato da mãe ter iniciado as buscas pela filha somente no dia seguinte.

— Tá mas e se não for? — Lu quebrou o pequeno silêncio que havia se formado. — Foi algo intencional sim só que se não for quem estamos pensando?

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