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LUÍSA NAKAMURA

— Você é um louco! — Dei tapinhas em seu ombro. — Não pode vir aqui assim!

— Pelo que eu saiba, aqui é um prédio normal. — Ele se abaixou, próximo ao meu ouvido. — É difícil alguém desconfiar que tem investigadores aqui.

— Não é tão difícil, pode acreditar.

— Eu só queria dar um oi. — O mais alto fez um bico, passando a mão pelos cabelos ondulados e por fim, repousando em um dos bolsos da calça. — Mas já que não me quer aqui...

— Não é isso! — Segurei seus braços, que na qual não eram tão fortes como antes. A rotina do hospital estava acabando com o físico dele. — Por mais que não sejamos tão públicos como os policiais "normais", não gosto de arriscar. Estamos pegando muitos casos aqui.

— E como minha irmãzinha está se saindo?

— Tirando umas coisas e outras, bem.

Meu irmão me olhava, como uma mãe após pegar sua filha na creche. O tom marrom-escuro e rosto oval evidenciaram os traços do meu pai e da mãe dele, já que ele é apenas meu irmão por parte de Pai.

— Como está o hospital?

— Corrido, como sempre.

— E deu um jeito de vim aqui?

— Tudo pela minha irmãzinha.

— Eu não sou mais criança, tá.

Wesley franziu o cenho e não aguentou a risada.

— Essa sua cara de brava te deixa tão fofa, não tem como levar a sério.

— Diz isso porque nunca me viu trabalhando. As pessoas tem medo de mim.

— Quero ver.

— Não queira. Iria se arriscar.

— Por que é tão preocupada com isso? Relaxa.

— Porque lidamos com pessoas loucas.

— E você não é uma delas?

Dei mais um tapa em seu ombro, o que foi inútil pois ele continuou rindo.

— Desculpe. Vou pagar mais um milk-shake pra você.

Conversamos mais um pouco sobre a família e nossos trabalhos, porém logo mudamos para alguns planos de sair antes da volta dele. Nada explicava a paz dentro de mim após rever meu irmão, eu o amo tanto.

 Nada explicava a paz dentro de mim após rever meu irmão, eu o amo tanto

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— Temos um caso particular. — Avisou Johnny antes mesmo de sentamos à mesa da sala. Ele andava de um lado para o outro. — Um desaparecimento há sete anos.

Só um burro não saberia que ele estava apressado.

— Uma senhora apareceu na central implorando para um detetive particular. E então coloquei a equipe no caso. — Ele parou sua fala, olhando para cada um de nós, confuso. — Podem sentar.

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