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HAILEY WILLIANS



A descoberta de Lee Taeyong me deixava intrigada, inquieta para saber qual rumo aquilo estava indo. Em alguns momentos, minha mente questionava se faltava apenas eu para que eu entendesse toda aquela situação. Definitivamente isso me assombrava nas últimas horas, até parar no momento em que entrei na sala para acompanhar as perguntas que ele perguntava a garotinha.

— Eu não lembro...— Lindsey repetia mais uma vez aquela resposta toda vez que perguntávamos sobre dias antes de seu passeio, como algo tivesse a bloqueando.

— Tudo bem, você deu seu melhor.

Através da conversa, pode compreender o que ele queria saber, ele estava suspeitando do pai da garota. Tudo fazia sentido! O passeio da escola ocorreu a tarde e durante a manhã ocorreu o crime. Taeyong descobriu através da mãe que ela saiu e deixou a filha sozinha no mesmo dia do passeio pela manhã e assim que ele soube disso, pediu que Sihyeon procurasse imagens da sua clínica no mesmo dia.

— Aqui o que ele me pediu. — Atendi a garota da porta sem tirar meu olhar do envelope.

— Obrigada. — Sorri pra ela e fechei a porta, indo até ele que abriu imediatamente. Apertando seu olhar, ele virou a foto para Lindsey.

— Você lembra desse dia? Você passeou com seu pai no trabalho dele, certo? — Ele abria um sorriso genuíno para a criança à sua frente. — Ou esse não é seu pai junto com você?

— É papai, sim mas...— Ela coçava a cabeça inquieta. — Não tô conseguindo lembrar direito disso.

— Tudo bem! — Colocou a foto de volta ao envelope. — É tudo o que eu precisava, você foi ótima, Lindsey!

A partir daquilo compreendi tudo e o escândalo que ele fez na sala principal apenas confirmou a hipótese de Taeyong.

— Parabéns!— Senhor Johnny colocava a mão em seu ombro após ele ter colocado Adam na sela.

— Obrigado, senhor. Mas ainda não acabou. Precisamos que Lindsey se recupere por uns dias até o julgamento e ela nos dê um sinal maior do que ocorreu.

A mãe chorava sem falar, murmurando a culpa que chegara em seu peito.

— Meu Deus, o esteupador da minha filha era meu próprio marido! O que eu fiz?

— Nada. — Sentei na cadeira que antes era de Adam e segurei sua mão. — Você não tinha como saber, afinal, é o pai da sua filha.

— Eu nunca mais quero olhar na cara dele! — O rosto inchado ficou vermelho quanto mais o tempo passava. Peguei seu queixo, para que ela encontrasse meu olhar, de maneira que ela se concentrasse apenas nisso. — Eu sou a culpada....

— Não é! — A abracei sem pedir permissão e sendo apertada, podendo sentir a respiração da mais velha, tentando impedir as lágrimas. — Não se preocupe, estou aqui pra isso.

[...]

— Merecemos descanso! — Saí do banheiro vestida no roupão branco, aproveitando a sensação de pós banho depois de uma longa madrugada de trabalho. Adam iria ficar preso até o seu julgamento, tempo necessário para Lindsey nos proporcionar depoimentos mais precisos. — Luísa?

— Tô aqui. — Murmurava deitada sobre uma das camas. Que horror, completamente suada e roupas sujas de ter passado dois dias praticamente diretos no serviço.

— Já saí do banheiro, vai lá.

— Não sei... acho que vou dormir assim mesmo.

— Negativo, Luísa Nakamura! — Dei uns tapas em sua coxa. — Vamos!

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