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HAILEY WILLIANS


A suposição de Luísa não deixou de ser uma suposição, é verdade. Entrei no banheiro e fiquei lá por cinco minutos me questionando se eu não deveria largar isso, pois haviam duvidado de nós. Meu pé não parava quieto enquanto eu estava sentada naquele aparelho sanitário porém consegui me controlar, em seguida recebi uma mensagem da minha parceira.

"Vamos mostrar quem somos e se você quiser, eu mando todos irem à casa do caralho"

Não evitei sorrir diante das palavras dela, imaginei exatamente ela falando isso na minha frente.

Durante as últimas duas horas, analisei a central de segurança da cidade, procurei a placa do carro do mais novo falecido de acordo com os horários de saída ao trabalho, e percebi ele seguindo por outro caminho nas últimas terças feiras, dias da folgas dele, mas ele mantia isso em segredo. Bom, encontrei algo suspeito e meu coração encheu de esperança.

— Ei! — Chamou Luísa entrando na sala, com seus passos apressados até mim. — Vasculhei a área de trabalho dele e encontrei o celular.

— Calma! — Desviei minha atenção das câmeras, tentando entender novas informações. — O aparelho celular não estava no carro com ele? E você voltou lá e pegou sozinha?

— Eu fui com o senhor Johnny. A questão é: Por que ele não levou celular até o lugar que iria?

— Talvez porque ele não quisesse que fosse localizado, justamente queria que a esposa pensasse que estava no trabalho quando na verdade estava de folga em outro lugar.

— Descobriu mais coisas, não é? — Um sorriso escapou da morena. — Estamos quase perto da resolução desse caso. Não acredito que...

— Lu. — A Interrompi. — Melhor falarmos sobre isso em casa.

Ela concordou olhando ao seu redor, pensando o mesmo que eu.

— O que nos resta é checar onde ele ia, estou quase conseguindo. E o celular?

— Acabei de desbloquear. — Disse concentrada no aparelho. — Nossa...

— O que houve? — Tirei minha atenção das câmeras novamente.

— Continue com o que está fazendo. Quando terminar, mostramos uma a outra.

Meus olhos retornaram onde estavam. O falecido tomou rumo diferente, em uma vila para ser exata, verifiquei cada momento e ele demorou para sair, foi até então que às nove e sete da manhã, ele saiu acompanhado de uma mulher até a saída da Vila, em seguida o carro seguiu o caminho da pista onde logo depois, houve o "acidente".

— Ele tinha um caso. — Concluí, e em seguida minha amiga concordava com a cabeça, mostrando as mensagens.

— O contato está salvo com um nome masculino, mas aparentemente está claro que se trata de uma mulher. Viu o rosto dela?

— Está confuso, porém basta irmos até o endereço.

— Só nós duas?

— Sim. Eu tenho um plano.

***

Johnny não entendeu o motivo de sairmos sozinhas e voltarmos à delegacia com uma mulher aos prantos.

— O que está acontecendo aqui? — Questionou ele confuso, juntamente com seus companheiros a observar a cena.

— Essa mulher sabe muito sobre o falecido, precisamos dela.— Respondi e imediatamente entramos na sala de interrogatório.

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