LUÍSA NAKAMURA
ATENÇÃO: Esse capítulo haverá resolução do caso, podendo ser considerado gatilho!
———————————————————— Intolerância à lactose?
A voz dele me assustou, não esperava pela presença dele até na hora em que eu estava bebendo água.
— Eu precisava fazer isso, ele...
— Eu sei. — Ele me interrompeu, então olhei para o jovem à minha frente de braços cruzados. Me olhava, mas não havia raiva como mais cedo, havia algo, e parecia sono. — Aqueles biscoitos tinham muita lactose de fato. Parabéns, Nakamura. Ao menos consegue pensar em algo sem que não seja no próprio nariz.
— O que você...
— Senhor. — Ele apontou o indicador em minha direção. Definitivamente ele estava perdendo o bom senso, foi o que eu pensei até notar seu olhar pesado. Seus olhos piscavam várias vezes, foi até que avistei que estavam levemente avermelhados. — É senhor, Luí..Sa.
— E é Nakamura para o senhor.
— Naka..mura.. sempre é você....
Lee Taeyong tropeçou nas palavras, ele não estava bem. Parecia bêbado mas não senti cheiro nenhum de álcool. Olhei novamente em seus olhos, parecia que não dormia há dias. Meu irmão ficava assim nos primeiros plantões como médico, no início eu também pensava que era álcool ou droga, mas não. Aquele olhar eu reconhecia.
Era sono e cansaço.
— O senhor não está bem.
— Estou perfeitamente bem. — Respondeu, e sua mão aproximava da minha cabeça, alisando os fios da minha testa molhados. Estranhei o ato, mas não consegui impedir, fiquei imóvel, seguindo através do meu olhar o caminho de seus dedos percorridos que até então, repousou sobre meu pescoço. O encarei, sem acreditar naquele contato físico vindo dele, e ele apenas mantia atenção em outra parte do meu corpo. Resolvi pegar o pulso dele, sem retirar sua mão do local, e ele simplesmente pegou alguns fios do meu cabelo e colocou atrás da orelha. — Estou bem sã.
Estava paralisada, não entendia o motivo de minha reação e nem o porquê de um som vindo de meu peito. Estava dividida em entender meu comportamento e atitude estranha vindo de Lee.
— Sabia que...
Sua atenção estava em meu rosto agora, porém seu corpo veio em minha direção, a cabeça repousou sobre meu ombro e todo o resto caiu sobre o meu corpo.
— Senhor Lee?
Não ouvi nada.
— Senhor Lee, agora decidiu brincar para me estressar.
Nada.
— Ou resolveu morrer em meus braços para eu não conseguir trabalhar com o que eu mais gosto? Idiota.
Nada.
Ele não respondia, logo fiquei agitada e não hesitei em chamar Jaehyun, pois era forte o suficiente para segurá-lo.
— O que foi? — Ele parou no corredor, até ver o meu estado. — Taeyong!
Ele o pegou e levou até o sofá da copa.
— Por favor, diz que ele não...
— Em que momento ele desmaiou? — Perguntou.
Ele desmaiou. Eu deveria saber! Deveria ter verificado mas só entrei em pânico. Por que eu entrei em pânico e não agi como uma profissional?

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Detective Force
غموض / إثارةMistérios, suspense e resoluções de crimes sempre foram áreas do interesse de Hailey e Luísa, o que uniu as duas, fazendo-as seguir seus sonhos juntas. Anos depois, após se tornarem investigadoras nos Estados Unidos, elas recebem uma grande oportuni...