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HAILEY WILLIANS


Eu estava preocupada com a situação da Lu. Se havia uma garota naquele lugar, porque ela iria sumir assim? Medo não é a resposta. Cercamos tudo, se houvesse alguém saindo do lugar, com certeza a veriam.

- Será que havia mesmo essa garota ali?

- Falou comigo? - A voz vindo da enfermaria questionou meu pensamento, que na qual não tinha percebido que tinha saído tão alto. - Posso ajudar?

- Não eu só estava pensando alto. - Entrei na sala, cruzando os braços graças ao ar-condicionado mais frio da sala. - Tudo bem?

- Foi um susto mas tô bem.

Jaehyun guardava a maleta de pronto socorros.

- Estou mais aqui por conta dos ferimentos durante a execução do plano.

- Afinal. - Lembrei da nossa demora para abrir o sistema de segurança. - Meu plano não foi como eu queria, tivemos dificuldades para abrir o portão. Perdão.

Antes que eu me curvasse, minha mão foi tocada por seus dedos, o toque repentino me pegou de surpresa. Não entendi e fiquei totalmente de pé, procurando entender sua reação, encontrando o olhar sereno que só ele tem.

- Não faça isso. - Pediu, ainda com a mão sobre a minha. - Não precisa disso comigo.

- Claro que precisa. - Permaneci minha atenção em seus olhos castanhos e apertados. Ele piscava tão devagar que nem percebia que fazia tal ato. - São modos.

- Como se tivesse feito algo de errado. - Soltou delicadamente minha mão, dando um espaço mais amplo entre nós. - Willians, seu plano deu certo, conseguimos e é isso que importa. E é normal que as vezes não saía como perfeitamente planejado.

- Tenho que me conformar com isso. Esse caso foi tão delicado que nem sequer consigo pensar direito.

- Verdade, eles usavam perfis ideais para atraírem garotas de fora que apenas tinham um "tipo" ideal, tirando proveito ao tráfico de pessoas.

- Eu fico me colocando no lugar delas. - Pensei no grau do caso. - Precisamos tornar isso à público, como um aviso.

- Concordo. Vamos falar com ele.




[...]

Entregamos nossos relatórios ao senhor Johnny e falamos sobre tornar o caso à público e ele foi de acordo com tudo. Eram quatro da manhã quando finalmente estávamos saindo do escritório. Demoramos a sair da sala do nosso chefe por conta da nossa proposta, e quando saímos, ouvimos sons familiares vindo do corredor.

- Por que o senhor não me deixa fazer algo sem que me julgue? - Questinou Lu encarando Taeyong como se ele fosse um criminoso. - São quatro da manhã, cara!

Imediatamente corri até onde os dois estavam, próximo a máquina de café.

- O que está acontecendo?

- Senhorita Willians, deixei um comentário construtivo à senhora Nakamura. - Cruzou os braços, falando baixo sem mostrar incômodo com o tom da Lu. - Receio que ela não esteja muito bem.

- O quê?! - Ela quase gritou, dando dois passos à frente dele. Meu coração quase parou. - Tá me chamando de louca, Senhor?

Sua voz saiu mais baixa, mas não deixava de ser ameaçadora.

- Não, senhorita. - Ele permaneceu em seu lugar como antes, mirando seu olhar tranquilo em Luísa, que mais estava quase dando um ataque nos nervos. - Você me interpretou mal, deve ser o cansaço. Todos nós estamos cansados.

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