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LUÍSA NAKAMURA

— Por acaso você sabe o que eles foram fazer?

Minha pergunta fez Sihyeon bufar ao virar a cadeira em nossa direção.

— Vocês não sabem aproveitar uma hora de folga?

Estava na cara que ela sabia de tudo. Apenas arqueei a sobrancelha, sem conseguir evitar meu suspiro de curiosidade.

— Tá. Eles me pediram para verificar o paradeiro do pai da Sa...

— Samanta. — Completou Hailey.

— Isso. — Sihyeon prosseguiu. — O senhor Lee conseguiu até mesmo as digitais dele quando vocês foram lá.

— Eita, Hailey. Nem para perceber esse movimento.

Ela balançou a cabeça em negação.

— Infelizmente não percebi.

— Não reclame dela. — A hacker finalmente tirou o olho do computador, focando em mim. — Você também tem a obrigação de se manter alerta.

— Tá ficando espertinha você, hein.

— Parem. — A ruiva ordenou, voltando a atenção para a mais nova. — Sabe o motivo disso?

— Talvez o Lee Taeyong esteja supondo que o pai a mandou pra longe. De acordo com minhas pesquisas, ele é um amante de coisas...

— Coisas?

— Não sei dizer direito. Ele defende questões de pureza feminina ou algo do tipo.

— A suposição dele é de que ele tenha mandado ela para algum lugar, tipo algum reformatório. — Explicou Hailey.

— Isso mesmo. — Sihyeon voltou sua atenção ao computador novamente. — Foi o que disseram lá.
— Obrigada! — Disse Hailey e saímos da pequena sala, caminhando pelo corredor. — Pelo visto o senhor Taeyong está indo por outro caminho.

— E está mantendo a gente na base porque querendo ou não, é apenas teoria dele.

— É uma ótima teoria, Lu.

— Interrompi algo? — Aquela voz irritante casou um frio na barriga por dois segundos. Tal ato involuntário foi capaz de trazer uma certa raiva. — Pelo visto a senhorita Sihyeon tem mesmo um certo temor em relação à Nakamura.

— Sim. — Fiquei de frente a ele, e encarei aqueles olhos por trás das lentes dos óculos. — Ela tem sim.
— Como já se adiantou. Vejo que não tem nada a ser explicado.

— Calma aí! Você tem sim! O que foi descobrir no hospital?

— Primeiro: Cadê a sua educação? Sou mais velho que a senhorita e segundo: Iremos explicar as novas peças desse quebra-cabeça de sete anos.

— Tá bom, senhor Lee. Se vamos falar de educação, então porque não compartilhou com a equipe toda as suas possíveis peças do quebra-cabeça?

— Porque o nosso superior achou melhor apenas quando fosse verificado o sentido delas, no caso, agora. — Ele desviou o olhar, mirando em Sihyeon logo atrás de mim. — E na próxima vez em que ela pressionar você a dizer alguma coisa, me avise.

— COMO ASSIM? — Minhas palavras saíram alto demais, mas era tarde para voltar a trás e eu nunca iria me desculpar. — Somos uma equipe, ela tem obrigação de cooperar com todos.

— Se tratava apenas de uma variável. Sendo comprovada, seria compartilhado com todos, que é o que irá acontecer! Contudo suponho, que a senhorita não irá compreender isso tão cedo.

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