{24}

15 4 50
                                    

LUÍSA NAKAMURA




No banco de trás me preparava para a conversa critica com o novo suspeito, minha mente realizava possíveis respostas dele, se fosse o verdadeiro culpado, o que eu acredito. E por outro lado, a mesma mente que raciocinava trabalho, planejava diferentes formas de como tocar em Johnny. O modo que ele dirigia era perfeito, as mangas da camisa até o cutuvelo revelavam mais da pele dele e me deixou louca por dentro.

- Senhor, tem algo errado. - Taeyong me trouxe de volta a realidade com sua voz indesejável. - Eu sugeria chamar os pais.

- Vamos chamar.

Ele pegou o celular, ligando para Hailey e ordenando que chamassem os pais de Lindsey. Pra mim foi algo calculado, pelo fato de ser perto da excursão da escola, só que se for o pastor e ele estiver disponível, seria estranho ele não mover um músculo pra se esconder.

- Olá, boa tarde! - Johnny cumprimentara com as mãos pra trás, assim como eu e Taeyong. - Podemos falar com você?

Ele era jovem, bronzeado, não era musculoso porém aparentava correr para "manter a forma", olhos verdes e barba, vestia uma blusa branca e uma bermuda.

- Sim! Claro! - Ele dava espaço, abrindo a passagem e revelando a simples sala de estar, os móveis eram pretos e os detalhes que lá continham eram brancos. Na mesinha de centro se encontravam cartazes e revistas religiosas. - Que bom que estão aqui, o que posso ajudar?

- Vamos ser diretos. - Avisou Johnny tirando seu distintivo. - Vamos lhe fazer algumas perguntas.

A felicidade no homem sumiu, dando lugar a curiosidade em seus olhos.

- Certo.

- Quais foram as últimas vezes em que viu Lindsey? - Taeyong fez a pergunta de pé, encarando o novo suspeito. - Filha de um dos fiéis da sua igreja?

- No culto de Domingo. Por quê?

- Apenas responda. - Advertiu. - Um pastor deve zelar total atenção a palavra que será dada na noite, não trocar certas maneiras de "carinho" com as filhas de seus fiéis.

- O que está acontecendo? - Ele permanecia no lugar. - O que eu fiz?

- O senhor deveria saber, lamento. Soube que sua igreja tem muitos fiéis e ficariam decepcionados com seu exemplo tirando a inocência de uma criança.

- Eu? Está insinuando que eu fiz...- Pensou, abrindo a boca e negando inconformado. - Me expliquem, o que eu fiz???

- Eu sou a verdade, e a verdade vos libertará. - Citei, ficando ao seu lado. - Se disser a verdade, talvez ainda tenha salvação.

- Nós vimos tudo. - O meu parceiro encostou as mãos sobre seus ombros, dizendo calmamente em seus ouvidos. - Temos testemunhas, até quando irá com isso?

- Com o quê? - Lágrimas passaram a descer no rosto do jovem religioso. - Por que foi errado? Abraçar uma criança agora é errado? Eu me abaixei para abraçá-la como todas as outras. Me explique por que é errado?!

Ele havia se exaltado. Tivemos a confirmação de que a técnica de fingir que já sabíamos de tudo deu errado. Olhei para meu chefe e parceiros que suspiravam em silêncio. Ele podia não ter confirmado mas de fato possuía uma aproximação com as crianças, permanecendo ainda como suspeito.

- Terá que nos acompanhar. - Retirei as algemas e coloquei em seus pulsos, ele queria sair dali mas prosseguiu durante todo o caminho até a delegacia.

Okay. A delegacia só não estava uma zona por causa de Hailey, os primeiros suspeitos da escola ainda não haviam se retirado, por isso estavam sob a supervisão de Jaehyun. Ao chegarmos, levamos o pastor até a sala de interrogatórios. Taeyong entrou juntamente com ele e permanecemos do outro lado.

Detective Force Onde histórias criam vida. Descubra agora