𝗧𝗛𝗘 𝗪𝗛𝗜𝗧𝗘 𝗗𝗥𝗔𝗚𝗢𝗡 ━━━ 𝙝𝙖𝙧𝙬𝙞𝙣 𝙨𝙩𝙧𝙤𝙣𝙜

𝟮𝟳 𝙩𝙝𝙚 𝙢𝙖𝙧𝙘𝙝

Aemond viu o caos em todos os lugares ao seu redor. Ele parecia ter ficado parado no meio do corredor, e sua mãe, a Guarda Real, os Maesters e cirurgiões, curandeiros, septãs, septãos, irmãs silenciosas, todos apenas se moviam em torno dele em avanço, enquanto ele apenas estava lá, com uma visão clara das portas da câmara de seu irmão.

Todo aquele pequeno exército de pessoas entrava e saía das câmaras do rei, todos com ideias e movimentos diferentes sobre como torná-lo melhor novamente, mas não o fariam. Aemond sabia.

Eles não podiam curá-lo, não totalmente, não podiam desqueimar sua carne, não podiam curar sua mente torturada.

O irmão dele estava lá dentro, lutando pela vida.

Seu estômago virou quando cheiros de carne queimada, fortes aromas de ervas e um indício de morte atingiram seu nariz. Mas ele não podia sair, isso o deixaria fraco, não, ele lutou contra sua própria necessidade de vomitar, e ficou bem ali.

A culpa foi dele, o irmão teve metade do corpo queimado.

Ele ainda podia sentir sua carne derretida sob as pontas dos dedos quando o agarrou, e Aegon havia desmaiado em seus braços por causa da dor.

O dragão tinha sido beijado pelo fogo e as asas tinham sido queimadas.

Sunfyre apenas ficou nas praias, ele não podia voar.

Aegon foi mortalmente ferido.

Ele tinha ouvido as pessoas falando, que talvez ele não conseguisse, por causa da dor, havia muito leite da papoula que poderia ser administrado a seu irmão queimado antes que sua mente realmente cedesse àquela bebida traiçoeira.

Sua mãe, com o nariz estrangulado de nojo e os olhos cheios de lágrimas, finalmente o encontrou.

━ Aemond o que aconteceu? ━ Questionou. Mas ele não respondeu, não conseguiu.

━ Por que você não estava com seu irmão? ━ Ela perguntou novamente, desesperada para ouvir de seu filho, ela finalmente colocou as mãos em seus ombros e o sacudiu, Aemond parecia longe, seus olhos olhando através dela, ele não estava lá, sua mente, mesmo que seu corpo estivesse.

━ Aemond! ━ Ela finalmente perdeu a paciência, e deu um tapa em seu filho, seu filho favorito, seu coração, a menina dos olhos. E isso, finalmente, com um flashback de quando seu olho estava sendo costurado e seu irmão estava sendo esbofeteado por sua mãe porque ele não estava lá para defendê-lo dos bastardos de Rhaenyra. Ele veio a seus sentidos, finalmente focando seu único olho bom em seu rosto.

━ Mãe ━ ele sussurrou, era para soar como uma resposta a ela, que ela finalmente tinha sua atenção total, mas soou como um apelo. Um apelo para que tudo isso pare.

━ O que aconteceu? ━ Ela perguntou. ━ Por que você não estava com seu irmão?

━ Ele saiu sozinho ━ disse simplesmente.

━ Seu irmão pode morrer! ━ Disparou ela. ━ Onde você estava?

━ Quando percebi que ele tinha saído, já era tarde demais ━ sussurrou, ━ ele tinha ido matar Rhaenys. ━ A mãe choramingava. Provavelmente arrependida da pouca sagacidade que seu filho mais velho tinha, sua mente obscurecida por anos de envenenamento por álcool.

━ Ele foi procurá-la? ━ Ela perguntou, e Aemond mal assentiu.

━ Deuses, ela está...?

━ Ela fugiu assim que me viu ━ sussurrou. Sua mãe acenou com a cabeça e finalmente o libertou, para se afastar de seus aposentos.

A rainha viúva encontrou sua filha Helaena, sentada e tricotando, seus bebês não estavam em nenhum lugar para serem vistos. 

━ Os Mestres dizem que ele vai conseguir ━ sussurrou ela, sentada ao lado da filha, quando a alcançou, para confortar a esposa do rei moribundo, Helaena recuou de seu toque, como costumava fazer.