OPC 2/2

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— Enid, eu não estou vendo nada — Cochichou — Aí cacete!

Ouviu um barulho opaco, Jenna havia tropeçado e caído no chão. Ligou o celular e com o feixe de luz iluminou a cunhada.

— Está tudo bem? — Deu a mão para a garota e ajudou a mesma a se levantar, averiguou se não havia se machucado.

— Está, tropecei na mesa — Limpou os joelhos — Tem como ligar a lanterna, não sou gato para ver no escuro.

— Eu já ia fazer isso — Ligou e iluminou o ambiente. A cozinha em tons rosas e branco era espaçosa e aconchegante — Parece a cozinha da Barbie.

— Essa casa está me dando arrepios — Puxou Jenna para andar, havia quadros nas paredes, pinturas irregulares e sem sentido — Puta que pariu esse quadro é do Jeckson Pollock, vale milhões de dólares.

— Milhões de dólares em um quadro onde uma vaca parece ter vomitado? — Olhava a pintura sem entender absolutamente nada do que ela expressava, era apenas um borrão de tinta e respingos aleatórios — Eu consigo fazer isso de graça.

— Você não tem senso crítico — Deu de ombros.

— Eu tenho bom gosto, é diferente— Olhou para o grande corredor que dava para uma sala de estar.

Dois sofás enormes de couro estavam ocupando a sala. Uma grande porta balcão dava para uma biblioteca, não era nada comparada a da mansão Alaric, mas tinha bastante livro.

Uma escada em caracol dava acesso ao segundo andar, até aquele momento não escutou nada a não ser os passos de Jenna. Foi até o primeiro degrau e iluminou o que dava para ver do segundo andar.

— Vamos subir — Segurou na mão de Jenna para que a morena não tropeçasse novamente e caísse de cara no chão.

O corredor dava para os quartos, a janela em que viu a sombra fica bem no centro do corredor. A luz da noite entrava por ela criando no chão a sombra das grades.

Olhou para o lado de fora, e viu o lugar onde estava com Emma, quem quer que estivesse ali conseguiu ver as duas.

— Realmente tinha alguém aqui — Olhou para a menor e apontou para baixo — Eu e Emma estávamos ali.

— Não era a diretora? — Negou

— Ela tinha acabado de entrar, não tinha como ser — Foi até uma das portas e tentou ouvir algo, silêncio completo.

— Isso tá parecendo um filme de terror — Retirou Thing da bolsa e o colocou no chão.

— Olhe os outros quartos, avise se achar algo — A mão confirmou e sumiu na escuridão.

Testou a maçaneta, a porta não estava trancada, entrou no quarto perfeitamente arrumado. Várias bonecas de porcelana estavam penduras nas paredes, era uma tentativa falha de quarto infantil.

Realmente não sabia que tipo de criança dormiria tranquila ali, dava nos nervos só de olhar, os olhares mortos eram penetrantes de uma forma esquisita, igual ao bicho empalhado que Wednesday mantinha de enfeite no dormitório.

Por mais que a solitude se apossasse do ambiente, o quarto estava completamente limpo, sem nenhuma poeira se quer nos móveis.

— Achou algo Thing? — Perguntou assim que ouviu os dedos do amigo andando pelo chão — O que é?

— Parece que é uma foto — Jenna se agachou e pegou a fotografia, foi até a cunhada e iluminou a imagem — É a Emma.

— Onde achou isso?— Fez gestos aleatórios indicando o quarto no final do corredor — Vamos Jenna.

Don't give up (Wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora