il ritorno part. 1

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 Tradução: O regresso parte 1  

[ Por João Miguel ]

Eu estava a temer a minha garganta tinha secado por completo, respirei fundo. Ouvi o som dos seus saltos a baterem contra as tábuas de madeira do chão, ouvi a sua voz, estava cada vez mais perto da porta, comecei a suar, como aquela ideia me tinha parecido genial. Engoli, em seco, quando a porta foi aberta baixei a minha cabeça.

- Como ainda não encontram, seu bando de inúteis, eu mesma vou...- Estava a falar com alguém ao telemóvel e parecia bem zangada. Penso que parou de falar assim que me viu, houve alguns minutos de silêncio, mas continuei de cabeça baixa, por mais que a minha ansiedade gritasse para que se olha para o rosto dela para ter uma noção da sua reação, contive-me. — Cancelem, ele está aqui.

Fechei os olhos e respirei fundo.

Através da minha visão periférica vi quando jogou o telemóvel e o casaco para cima da sua cama, fechou a porta do quarto, retirou os sapatos e colocou ao lado da cama, colocou um objeto que não consegui ver bem o que era em cima da cama, passou por mim sem disser nada dei um pulo, quando ouvi a porta da casa banho fechar atrás de mim.

Suspirei fundo. 

Continuei de joelhos no chão, não vou negar estava a morrer de medo a ideia de ficar a sua espera no seu quarto não me pareceu lá muito boa, já que a mesma não me deixa nem chegar perto do Cómodo, mas Dora afirmou ser a melhor ideia, para mim era melhor ideia se eu quis-se morrer mais rápido, o ter ficado a sua espera de joelhos e com a roupa que eu estava vestido tinha sido ideia a minha, as minhas bochechas aqueceram quando lembrei vestir só mente umas meias de vidro pretas e uma coleira de couro.

(...)Ao fim de algum tempo ouvi a porta da casa de banho ser aberta, ouvi os seus paços a trás de mim, não levantei a cabeça em nenhum momento nem quando passou bem perto de mim por mais que a vontade fosse grande. Estava-me a começar a sentir meio tonto, sentia que ia desmaiar a qualquer momento.

- Olha para mim.- a medo eu foi subindo o meu olhar ate ao dela estava, estava sentada na cama vestia um robe branco de cetim, o seu cabelos pretos molhados caiam em cascata sobre roube que se torvana um enorme contraste, estava sem maquilhagem no rosto, mas sua boca continuava rosada e carnuda, os seus olhos azuis, olhavam para mim de maneira fria a sua expressão estava seria. Ela abriu gaveta da cômoda que estava ao lado da cama e retirou de la dentro uma escova e começou a pentear o seus longos cabelos.

- Estou intrigada, espero que a tua narrativa seja extraordinária, para me manter entretida, para não me lembrar da vontade que tenho de arrancar a tua pele.- Falou tudo calmamente como se tivesse a falar de algo banal e não a ameaçara a minha vida.

— Helena eu...- como pediu ia tentar justificar o meu comportamento, mas foi interrompido logo na minha primeira palavra.

- Helena não, perdes o direito de chamar-me pelo nome a partir do momento em fugiste como um rato das consequências dos teus atos, não é porque voltas e ofereceste-te a mim como uma puta que eu perdoar cegamente o teu comportamento.- engoli em seco, aquilo doeu, doeu e foi não pouco, já conhecia uma pouco dela para saber o quanto acidas as suas palavras podiam ser quando zangada.

- Senhora, quando- só de referir aquele momento, comecei a tremer- acertei o seu rosto juro por tudo que foi um acidente-te, quando vi o que tinha feito eu...eu simplesmente entrei em pânico, achei que tinha realmente acabado de cavar a minha própria cova, no desespero, só segui o meu instinto e corri sem pensar muito, estava com muito medo e...


- O teu instinto durou 2 semanas?- perguntou de forma irónica- Depois ele passou e decidiste voltar?

Eu fique sem silêncio sem saber o que responder.

— Bem eu também tenho um instinto e ele levou-me até Luccas Rocci, agora a pergunta é qual parte do corpo dele queres de presente?- o meu mundo parou naquele momento, fiquei sem chão, as tonturas ficaram mais fortes, Helena não estava para brincadeiras. 

E agora o Luccas estava em perigo por minha causa.

O perigo do teu toqueOnde histórias criam vida. Descubra agora