20...20???

91 4 5
                                    

[Por Helena]

Dei um sorrio maldoso, era uma visão que me deixa excitada, a minha vontade, ao vê-lo de joelhos no chão era de o arrastar até a cama e acabar com o jogo, a sua respiração estava irregular, todos os seus movimentos demonstram claramente o estado de nervos em que esta. Olhei o seu rosto através do reflexo do espelho na sua frente. A minha fixação  pelos seus olhos azuis, que estavam de momento vendados, era grande, mas os seus lábios carnudos também despertavam a minha fome, a minha vontade de os ver inchados após devorar a sua boca inconivente. Passei a minha língua sobre os meus lábios, curvei o meu corpo ate a minha boca ficar bem perto do seu ouvido e dei uma pequena mordida na parte de cima da sua orelha, vi o seu corpo a estremecer e a sua pele a ficar arrepiada, por fim sussurrei no seu ouvido:

- Vai garoto pergunta -Incentivei, em quanto passei a pontinha do meu nariz pelo seu pescoço e dei uma inalada bem forte para sentir o seu perfume 

- Prometo que não vou ser muito cruel como o meu aniversariante.

 Mesmo com a venda, foi possível ver a sua expressão de surpresa, o seu corpo ficou duro e travado. Pela sua resposta física sabia exatamente qual a pergunta que agora estava na sua cabeça. Passei a mão pelos seus cabelos loiros e segurei-os puxei-os suavemente para trás fazendo a sua cabeça tombar também ela para trás o que deixou o seu pescoço totalmente exposto para mim.- Que tal um bónus. Vou responder pergunta que está, neste momento na tua cabecinha, eu sei que a tua data de nascimento está errada na tua certidão de nascimento e sei também que não celebras no dia que esta escrita naquele papel, também sei que a data está errado 9 meses porque a Jordana precisava de fazer as pessoas acreditarem que ela estava gravida. - plantei um beijo no seu pescoço. Sentiu arrepiar-se.

 - O que mais a Helena sabe de mim? - Perguntou num sussurro baixo.

- Quase tudo, mas tenho a certeza que há algumas coisas a  descobrir...

[Por João Miguel]

Tudo que ela disse sobre o meu aniversário estava certo, mas falhou na parte do festejar porque eu não festejava em nenhum dos dias, não havia o que festejar, não tinha porque eu festejar, a vida miserável que eu tinha, sabia que o meu dia de anos não era o que estava registado, só nunca me foi revelado o porquê de estar errado, quando descobri que a Jordana não era minha mãe suspeitei que fosse isso,  agora tinha a certeza. 

Fode-se, fode-se tudo eu estava-me cagar para probidades, ia perguntar o que queria saber, sempre podia desistir, então não tinha o  porque me conter.

- Para além do Danillo tem mais família?- ela parou de distribuir beijos pelo meu pescoço.

- Serão duas. - demorei algum tempo aperceber que se referia ao número de vezes que me ia agredir. Contrai o corpo a espera do primeiro golpe, quando o meu corpo foi atingido, não foi nada do que estava a espera diferente da noite em eu tentei fugir e ela bateu-me com a vara que doeu para caralho, esta dor não era uma dor profunda nem me chegava magoar deixa um sensação de formigamento gostosa na minha pele era óbvio que não tinha atenção de magoar-me, a segunda veio e soltei um pequeno gemido.

- Não, só me resta o Danillo, os meus pais já morreram.- Queria-lhe disser que sentia pela sua perda , queria pedir desculpa por ter perguntado, mas com toda a certeza que ela ia ficar bem irritada por achar que eu estava com pena de, a, então só continuei o jogo. 

- A tatuagem tem significado?- Eu achava a tatuagem que ela tinha na coxa lindíssima. Ela deu mais dois golpes, mas em vezes de ser nas minhas costas foi na parte superior das minhas costelas, deus aquilo era estranhamente gostoso. 

- O meu pai era conhecido como o Dragão e quando ele morreu e fiz a tatuagem.

 - Quantas pessoas já matou?- quando a pergunta fugi-o entre os meus lábios percebi a burrice que tinha feito, o meu coração bateu com mais força, ficou um silêncio por algum tempo, eu tinha acabado de chama-la de assassina era óbvio que deveria estar ofendida com a minha pergunta Deus porque eu não conseguia controlar a minha estúpida boca.

- Não te consigo responder isso simplesmente, porque não faço ideia.- senti um tremor pelo corpo ela não sabia quantas pessoas tinha matado, isso indicava que foram muitas, engoli seco, óbvio que ela não sabe. O medo tentou se manifestar dentro de mim, mas agarrei-o tentei que não se sai. Passei rapidamente a próxima pergunta.

 - Onde está o meu pai?- O problema de estar vendado é que não conseguia ver as suas reações as minhas perguntas.

- Serão 3...- tudo bem não estava a ser tão mau assim - golpes como o cinto.

Antes mesmo de conseguir pensar no que tinha dito a primeira veio com tudo, acertou no meu ombro direito e estendeu se na diagonal pelas minhas costas, doeu e como doeu, queria gritar, a segunda veio e foi pior que a primeira senti a dor se espalhar pelas minhas costas mas desta vez no lado esquerdo  mas a pior foi mesmo a terceira que atingiu de novo o meu lado direito. 

-Es realmente muito teimoso, eu não estava com intenção nenhuma de te magoar, não tens nada de burro e sabes bem quais assuntos me aborrecem, se queres assim tanto sentir dor tudo bem vai enfrente com isso.- era óbvio que eu sabia os meus pais, a vida dupla dela eram coisas que eu devia evitar perguntar, mas eu queria saber eu precisava de saber.

- O teu pai esta a fazer uns trabalhos para mim em Sicília, foi a única maneira que arranjei para o manter vivo, por mais que por mim ele estaria a 10 palmos de baixo de terra. - A minha vontade de jogar diminuo drasticamente após as cintadas, mas ainda tinha duas perguntas que eu queria fazer. 

- O Colar que a minha mãe deu-me, porque a deixou tão zangada?

- 20 ...20 cintadas.- ela estava louca? Para quem disse que não me queria magoar... Era óbvio que eu não ia aguentar, mal aguentei 3 quanto mais 20, a minha pele iria ser dilacerada, podia desistir, mas aí o jogo acabava. 

- Espere, por favor, deixe eu trocar a pergunta...

- Eu disse que se ao desistir o jogo acabava.

- Eu sei, mas eu não desisti porque não começou...- eu estava ofegante, a soar frio e com certeza com medo de apanhar 20 vezes com aquele cinto.

 - E qual seria a pergunta?- ela deu-me brecha se fosse apanhar mais-valia apanhar por uma coisa que eu estava mesmo interessado a saber.

 - Porque eu? Qual o seu interesse em mim?

________________________________________________

é isso desculpem a demora mas a faculdade e o trabalho estão a matar-me

Obrigada por compreenderem 

e espero que gostem ... 

-

O perigo do teu toqueOnde histórias criam vida. Descubra agora