Sopas e mal entendidos part2

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Sem correção

[Helena B.]

— Vamos almoçar aqui por favor.- Falou baixo, num sussurro rouco quase inaudível, os seus olhos estavam vermelhos pelo choro assim como a ponta do seu nariz e as suas bochechas rosadas e húmidas.

— Não querias tomar um banho?- Tirou os olhos da mesa, as suas feras azuis focaram em mim.

— Só não quero voltar já para o quarto.- o seu tom de voz ainda estava tremido pelo seu choro.

— Já não aguento mais aquelas paredes.- sussurrou de novo.

Podia obriga-lo a subir, a se desculpar por acusar-me de uma coisa a qual eu não fiz eu podia tomar varias atitudes drásticas, mas todas elas culminariam num único final, a forma vulnerável em que estava, o seu ataque de pânico, o seu pensamento ser totalmente direcionado para encontrar o erro cometido, só pelo facto de a sopa ter cogumelos, o seu desespero de não saber o me tinha desagradado, de mostraram a facilidade que eu teria em quebra-lo neste momento, quebrado ira ser fácil do moldar, estaria completamente nas minhas mãos, o seu limite estava próximo, a sua estabilidade emocional era a maior prova disso.

Verdadeiramente, já o tinha pensado que a melhor maneira do deixar completamente submisso era quebra-lo por completo de uma forma profunda e quase sem volta. Não me permitiria fazer isso, não o ia destruí-lo, não queria como um fantoche sem vida, obediente a todas as minhas vontades, porque por mais que a sua da sua língua ousada cheia provocações e as perguntas inconvenientes, me irrita-se profundamente as vezes era ela que me retirava, duplamente, do tédio iminente que a minha vida tinha caído, até mesmo o sorriso petulante que as vezes nascia no seu rosto e a sua espontaneidade mesmo que por vezes impulsiva deixam de certa forma o meu dia mais interessante.

Ao vê-lo naquele estado deplorável, tive a certeza de que se não toma-se as devidas providencias ia quebrar o resto que tinha sobrado, quebrado não me serviria de muito, sem a sua essência provocativa e rebelde, a minha atração cairia por terra.

— Levanta.- Ordenei.

Os seus olhos encheram novamente de água, respirei fundo assim ia ser difícil, o mais me tirava do sério era quando chorava sem motivo, tinha vontade do esbofetear para lhe dar uma razão real para chorar.

— Eu mandei levantar. — Falei novamente, ao ver que não tinha obedecido.

— Por favor, eu como a sopa, só não quero voltar para o quarto.

Deus me dê paciência para lidar com esta criatura. Por que eu estou a ficar sem.

— Eu não disse que íamos voltar para o quarto, eu mandei levantar.

Ouvi o seu fungo, estava a chorar não conseguia ver o seu rosto porque se levantou-se de cabeça baixa.

Superei ia ter imenso trabalho.

— Olha para mim!- quando levantou o rosto na minha direção vi o banhado em lágrimas.Não era carinhosa, não é como nunca tivesse recebido carinho ou algo do tipo, na verdade, os meus pais sempre foram muito carinhosos e preocupados comigo, mas não era da minha personalidade andar aos braços e beijos por ai, para além de que a minha relação com ele era puro desejo carnal, não tinha nada de romântico nela, mas tinha plena consciência da sua necessidade de sentir que o que havia entre nos não era somente sexo, sempre soube que ele precisava de carinho, como não era algo que permitisse fazer tentei tapar e atenuar a sua carência comprando presentes caros, tinha resultado com todos os outros, mas ele não ficava deslumbrado com nada, os bens materiais não suprimiam o que eu não podia dar ,não na forma que ele desejava.

- Anda logo antes que mude de ideias. - Puxei pelo braço, arrastando ate a área da piscina.

- Fica aqui, vou avisar que é para por a mesa do almoço aqui no jardim, para de chorar se não eu juro que voltamos para o quarto.

[João Miguel]

Limpei as lágrimas que estavam na minha bochecha com as mãos, respirei fundo, ter-me-ia de acalmar a paciência de Helena era limitada, olhei para o jardim, para piscina eu estava com imenso calor, não pensei muito tirei as calças e camisa atirei-me para dentro de água...

O perigo do teu toqueOnde histórias criam vida. Descubra agora