Mais do que no Fundo

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Sem correção 

Espero que gostem 

[Por Helena]

Subi as escadas de forma acelerada, Dora vinha atrás de mim aos gritos desde do andar de baixo. Entrei no meu quarto, olhei em volta, não tinha nenhum sinal dele comecei a tirar a roupa molhada do meu corpo.

— Helena pelo amor deus, minha filha ouve o que eu tenho para falar...

— CHEGA! Já te disse para não te meteres! — rugi furiosa.

— Olha a maneira que falas comigo ainda sou tua mãe! — Falou entre dentes, como fosse uma ameaça.

— Eu nunca me esqueço disso, tu é que pareces queres que o mundo inteiro sabia, vai lá e grita para quem queria ouvir, já agora. — respondi, os meus nervos estavam a flor da pele.

— Para de agir como uma criança...

— Não tinhas dito que não te ias meter mais na minha vida?

— Foda-se! Queres saber? Faz o que bem entenderes então depois não te venhas queixar. — Saiu batendo com a porta, força foi tamanha que as paredes do quarto tremeram, revirei os olhos perante o seu mini ataque de fúria, acabei de vestir a nova muda de roupa e fui na direção do quarto dele, a porta estava trancada dei três murros na mesma.

— ABRE ESTA MERDA. GAROTO EU NÃO ESTOU A BRINCAR. — Gritei a esta hora só via vermelho.

— Vá embora! Não vou abrir falamos amanhã.

Não quis acreditar no que estava ouvir, devia ter cara de palhaça, sentia o ódio percorrer em alta velocidade as minhas veias.

Arrombei a porta.

Estava parado ao lado da cama, olhei para o seu rosto, a expressão de supressa foi substituída por uma de panico, mas não foram as suas reações que me chamaram a tentação, a marca roxa em volta do seu olho assim como a sua boca inchada e com 2 cortes no lado esquerdo deixaram me em alerta.
Respirei fundo para me calmar, algo estava me a escapar.

— O que aconteceu? — Perguntei calma por fora, mas prestes a explodir como um vulcão, estava preparada para lidar com muitas coisas, mas com um adolescente teimoso e com um talento nato para se pôr em apuros, eu não dava a conta?!

— As aulas acabaram mais cedo e eu decidi vir a pé para casa, mas perdi o telemóvel na escola. Não consegui avisar o Vizenso. Desculpe, se causei algum incômodo.

— Desculpe, se causei algum incômodo? — Falei de forma irônica, estava me a mentir descaradamente.

— Foi este o telefone que perdes? - atirei o telemóvel para cima da cama na sua direção, olhou supresso para o aparelho em cima da cama.

— Agora qual é a tua explicação para ele estar 20 km do Colégio onde tu estudas?

— Não sei, como disse, perdi podem no ter levado... — falou baixo com as lagrimas nos olhos. Avancei na sua direção.

— Não me mintas, garoto ninguém naquele ia roubar um... — quando toquei o seu ombro, gritou de dor e encolheu-se, parei e afastei-me surpreendida pela sua reação.

- Tira-a blusa. — Mandei iminente a sua reação. Negou rapidamente com a cabeça, sussurrando um não baixinho, agora as peças comessavam a encaixar na minha cabeça, já não estava mais importada com as suas desobediências ou por chegar em casa fora de horas, num movimento ágil retirei eu própria retirei a blusa que cobria o seu corpo, a sua pele branca estava coberta de hematos, inchados e roxos.

Neste momento não me interessava, se quebrara as minhas regras ou que tenha mentido descaradamente, eram coisas as quais eu lidaria depois, agora a única coisa que me interessava saber era quem, quem teve a coragem de marcar daquela forma algo que era meu.

Nem eu o marcava daquela forma, faria picadinho da pessoa, que teve a audácia de tocar na minha propriedade, daquela maneira.

[por João Miguel]

O meu dia ia de mal a pior, estava perdido em quase todas as disciplinas, tinham perdido imensa matéria, demoraria para recuperar. O bar da escola não estava aceitar pagamento com cartão, só queria comer um lanche quieto, em quanto pensava nos meus problemas e planejar uma estratégia para recuperar o meu atraso. Lembrei me que tinha uma caixa multibanco na rua de trás do colégio, onde poderia levantar dinheiro, para efetuar a compra. Sorri feliz com a ideia de comer o meu lanchinho.

Não dei mais de dois passo para além do portão, que esbarrei com Matteo, e os seus dois amiguinhos Marcos e Andreo, que Barraram o meu caminho, olharam uns para os outros de forma cúmplice e abriram um sorrio para além esquisito.

— Onde aberração pensa que vai com tanta presa? — Falou cheio de si, durante toda a semana tinha me perseguido e perturbado, ignorei e iria continuar a ignorar, tentei seguir o meu caminho de novos, mas voltaram impedir a minha passagem, suspirei, eles eram três, bem mais altos, estava em desvantagem tanto numérica como física.

— Deixei-me passar. — Falei.

— Olhem só o animal fala. — Riu, revirei os olhos, não me iam deixar passar, tentei voltar para a escola, mas deram uma puxam tão grande na minha mochila que cai com tudo no chão.

— Qual é o vosso problema? — perguntei.

Sem motivo nenhum, ou pelo menos que eu consiga perceber, começaram a espancar-me, murros, pontapés foram distribuidos pelo no meu corpo, das pernas e até na cabeça, recebi um pontapé, com tal força que não me recordo de nada após isso. Quando eventualmente acordei, demorei um bom tempo até me aperceber onde estava e o estado em que me encontrava, tudo me doía, não havia uma única parte do meu ser que não me quisesse fazer chorar de dor, sentia me também... molhado e havia um odor que me demorou um pouco até me aperceber do que era, eles tinham... o chorou ficou preso na minha garganta quando percebi o que eles fizeram.


Não fazia a mínima ideia de quanto tempo passou, a minha mochila desaparecera, não a encontrei, presumi que o tivessem levado, como se não bastasse já o resto.

Não tinha como ligar a ninguém, o meu telemóvel estava dentro mesma teria que caminhar ate casa, o que seria o melhor porque não queria de forma que Helena ficasse a par do sucedido.

(...)

Quando cheguei em casa estava morto de dores percorrido 5 km debaixo de chuva, após ter apanhado de 3 filhos da puta, tentei andar, quer disser mancar até as escadas sem ninguém me ver, evitara todos os seguranças do lado de fora, era obvio que me viram só não deixei que vissem o estado precário em que me encontrava.

Assim que pus o meu pé no primeiro degrau das escadas ouvi a voz de Dora a chamar-me:

— Menino onde... — parou de falar quando viu o meu estado — O que aconteceu? Que cheiro nauseabundo é este?

Não segurei o choro, não lhe respondi corri para cima, não queria falar com ninguém não queria ouvir ou ver ninguém, a minha vida era um verdadeiro fiasco, tranquei a porta do meu quarto ouvi Dora bater algumas vezes, ignorei, despi aquela roupa e joguei no lixo, entrei no banho e comecei a esfregar o meu corpo, esfregava e esfregava sem parar, mas parecia que aquele cheiro imundo, não sai de forma alguma de mim, estava impregnado na minha pele, senti-a me sujo e com nojo de mim mesmo, sentei me no chão da box de banho e em quanto água cai no meu corpo chorei, chorei pelas dores que sentia, chorei pela humilhação, chorei pelos problemas que ia ter, chorei por que estava no fundo do poço e não tinha mais forças para tentar sair, não tinha mais vontade de viver, sentia me um lixo.

(...)

Sai do banho e vesti uma roupa confortável que cobria os hematomas do meu corpo, andei na direção a cama na intensão de me deitar e dar fim aquele dia ruinoso, mas ainda não tinha acabado dei um pulo quando ouvi três estrondos.

— ABRE ESTA MERDA. GAROTO EU NÃO ESTOU A BRINCAR.- Tremi estava furiosa, devia estar capaz de me matar.

— Vá embora! não vou abrir falamos amanhã. — Disse a primeira merda que o surgiu na minha cabeça, não queria que me visse naquele estado deplorável.

Helena para minha supressa arrobou a porta, engoli em seco, não ai aguentar mais nenhum tipo de dor, não hoje.

- O que aconteceu? — Perguntou estranhamente calma. Tinha de inventar qualquer coisa, para o meu súbito desaparecimento.

- As aulas acabaram mais cedo e eu decidi vir a pé para casa, mas perdi o telemóvel na escola e não consegui avisar o Vizenso. Desculpe, se causei algum incômodo.

- Desculpe, se causei algum incômodo?-Respondeu irônica.

- Foi este o telefone que perdes? - atirou telemóvel para cima da cama, olhei para o mesmo sobre, como encontrara? Sera que sabia o que aconteceu?

- Agora qual é a tua explicação para ele estar 20 km do Colégio onde tu estudas? — Perguntou indignada.

- Não sei, eu disse que perdi podem no ter levado...-respondi baixinho tentado manter a minha versão, a vontade de chorar veio com força e de forma incontrolável.

- Não me mintas, a garoto ninguém naquele ia roubar um ...- o meu corpo estava tão dolorido que quando tocou nele gritei de dor.

- Tira-a blusa. — Mandou desconfiada.

Continua...

O perigo do teu toqueOnde histórias criam vida. Descubra agora