O perigo do teu toque

Jantar supressa

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[ Por João Miguel ]

Ao chegar em casa corri para cozinha determinado em falar com Dora e pedir os seus sábios conselhos de como lidar com Helena depois dos meus atos .......

- Dora preciso de ajuda ... - Parei de falar assim que dei conta de que em estava na cozinha era Helena respirei fundo, ela vesti umas meias collants pretas que eram cobertas pelo tecido branco da sua camisa social larga e grande, o seu cabelo esta preso com uma mola e o seu rosto estava sem maquilhagem. Dei dois passos para traz quando vi que picava cebola com uma faca enorme.

- Se vinhas a correr para o colo dela e pedir ajuda, lamento-te informar ela não esta, alias hoje estamos sozinhos dei folga aos empregados .

Engoli em seco.....

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Um bolo formou-se na minha garganta.

As minhas mãos começaram suar.

- Helena...- o nome dela saio-o como um sussurro sofrido e inacabado. Ela voltou a picar a cebola com enorme faca de cozinha.

- Vinho?- ofereceu quando acabou de picar a cebola, limpou as mãos no pano cinzento de cozinha que estava em cima da bancada de mármore preto, colocou vinho tinto nas duas taças que estavam dispostas em cima da bancada .

Ergui as sobrancelhas confuso.

- Eu pensei que não queria que eu bebe-se álcool?!- falei desconfiado com a sua oferta.

- Nunca falei que estavas proibido de beber. Adolescentes sozinhos a beber não da bom resultado,

Suspirei. Tradução do que ela disse : " se eu estiver a a controlar não tem problema de ingerires álcool "

- Nunca provei vinho , não sei se irei gostar .- falei em quanto em encarava as taças de vinho em cima da bancada que tinha dois lugares postos para jantar.

- Existe sempre uma primeira vez para tudo, por exemplo, nunca tinha feito uma refeição na cozinha, mas como alguém teima em fazer as refeições aqui em vezes na sala de jantar , decidi tentar perceber qual o fascínio com a cozinha. - falou dando me uma alfinetada, deixando bem claro que sabia que não tinha comprido a sua ordem de fazer as minhas refeições na sala de jantar .

Suspirei fundo e andei em direção do lugar que estava posto na bancada, e posei a minha mochila ao lado da bancada onde a mesma estava a cozinhar.

- É sempre bom fazer algo diferente de vez em quando - respondi, pegando uma das taças de vinho e dando um pequeno gole, mantendo-me em pé próximo ao banco alto de cor escura que combinava com pedra da bancada O sabor amargo surpreendeu me , mas não era desagradável.

O olhar de Helena continua fixo em mim. Decidi continuar com minha atitude descontraída, mesmo que por dentro eu estive uma pilha de nervos - Sobre a sua primeira afirmação eu ...- Helena interrompeu-me.

- Garoto, não tem porque te justificares. Eu não estou zangada e entendo que encontras-te um conforto na Dora.- deu um gole no vinho. - Um porto seguro no meio do caos.

Eu fiquei supresso.

Ela estava a ser compreensiva ? Ou era algum tipo de jogo ?

- ...mas por mais que não me vá opor a vossa amizade. Vou criar limites, mas falamos disso apos o jantar. - Ela completou.

(...)

 Helena servi-o um salmão numa cama de espinafres que estava divinal, já era terceira vez que repetia, realmente Dora tinha uma grande dom para a cozinha.

Helena bebeu um golo da sua taça de vinho, em quanto me observa, o seu olhar minucio sobre mim já não me incomodava tanto, já se tinha tornado um habito ela ficar olhar para mim como se me fosse atacar a qualquer momento.

- Parece que alguém é fã da minha comida.- Parei, e quase me engasguei com o seu comentário, mais uma vez tinha presumido algo sobre ela que não era verdade. O facto dela ser uma mafiosa estava a nubelar a minha mente de uma tal forma que eu só via essa faceta dela como só pudesse exclusivamente ser isso, eu estava a reduzi-la unicamente a esse papel sendo que, me tinha provado que eu estava errado quando me disse que era designer de joias.

Agradeço a deus por não fazer nenhum comentário descabido como fiz naquele dia.

- Esta realmente muito bom, tem um verdadeiro dom para cozinha.- Elogiei, mas senti o sangue subir rapidamente para as minhas bochechas a medida que as palavras saiam da minha boca, somado com vinho que já tinha bebido comecei a sentir muito calor.

- O que foi ?- Perguntou ao ver a minha inquietação.

- Nada só esta um .., um pouco quente aqui.- constatei.

Olhou de alto a baixo.

- Tira a blusa.

Com toda a certeza aquilo não era uma sugestão.

Continua....