Sopa e Mal entendidos

76 4 0
                                    


Sem correção 

[ por João Miguel ]

Estava deitado de barriga para baixo o meu corpo estava mole, estava bem cansado doí-a — me partes do corpo que nem sabia existirem, senti os meus olhos começarem a fechar.

— aaaiii — gritei quando ela me deu uma nalgada, com o meu corpo todo dolorido, aquilo realmente tinha doido.

— isso doeu — reclamei. Ouvi a sua risada, estava morto não tinha nem força para virar o meu corpo e olhar para o seu rosto.

— Não durmas já são duas da tarde e ainda não comes-te nada. — mandou, não queria comer não tinha nem forças para erguer-me  daquela  cama, a minha vontade era deixar-me ser embalado pelo cansaço. — Vou só tomar banho e vamos almoçar.

- Hummm — Respondi eu podia dormir só um pouquinho em quanto ela tomava banho, os meus olhos começaram de novo a fechar.

— Aiii — deu-me outra nalgada. — isso é maldade Helena, deixe só dormir um pouquinho, por favor — choraminguei.

— Se dormires depois não vais querer sair dessa cama.

Suspirei fundo, rolei o meu corpo pela cama ficando de barriga para cima. Estava mesmo difícil de manter os olhos abertos.

— Se eu voltar e tiveres a dormir vou-te jogar da cama baixo. — Ameaçou em quanto entrava na casa de banho.

(...)

Manter-me acordo foi bem difícil, os meus olhos não me queriam obedecer senti o seu perfume amadeirado invadir completamente o quarto estava vestida com uma camisa de dormir toda ela em renda preta e um robe de cetim branco por cima, os seus cabelos estavam presos num rabo de cavalo.

- Vamos! — escorri-me pela cama, de modo preguiçoso ate os meus pés tocarem o chão.

— Vou só me passar agua — murmurei baixinho.

— Não vamos almoçar primeiro.

— Mas estou suado e cheiro... — tentei argumentar, mas foi interrompido como de habitual, aproximou-se de mim, puxando o meu corpo para perto do seu deu uma fungada no meu pescoço.

— Cheiras a mim, é um ótimo cheiro vamos comer . — olhei para ela desacreditado, com certeza tresandava a suor e sexo, podia a ter um vestígio  do seu cheiro em mim, mas era bem reduzido, ela tomou um banho e eu teria de descer todo peganhento, a frustração começou a crescer dentro de mim.

Respirei fundo, mas não disse nada.

(...)

Estávamos sentados na mesa gigante da sala de jantar, fiquei ainda mais desconfortável com cara que senhora que servi-o a nossa refeição fez quando colocou o meu prato na mesa, estava-me a controlar para não reclamar a minha situação, já que era primeira vez em duas semanas que saia daquele quarto, pelo menos tive tempo de vestir umas calças e uma camisa.

- Sinto que esta algo a incomodar-te? — Perguntou ironicamente com um dom de chacota na voz.

- Nada, a não ser a falta de um bom banho. — Falei simplesmente. Levei a colher de sopa a boca e obriguei-me a engolir para não cuspir era sopa de cogumelo, deus o que eu fizera desta vez?

Eu rapidamente olhei para ela que continuo a comer a sua sopa, não era possível o que fiz comecei a pensar, nada era impossível, nem sair daquele maldito quarto.

- Porquê? - perguntei baixinho. Helena olhou confusa para mim.

- Porque o que ? — perguntou.

- O que eu fiz ? — falei baixinho, segurei o choro, cheguei ao meu limite, fiquei duas semanas fechado naquele quarto, o meu corpo doí-a, eu estava sujo e pegajoso a coisa que eu mais queria era uma cama para dormir.

- Não entendo, porque estas a perguntar... — não aguentei mais, por que ela fazia isso comigo? Desabei num choro sem controlo, vi os olhos dela se arregalem em surpresa na minha direção, largou imediatamente a colher de sopa sobre o prato. Eu sentia-me tão frágil, tão cansado.

— Saiam. — Fez sinal para as duas empregadas que estavam na sala. Aproximou-se de mim eu tentei controlar o choro porque sabia que ela não gostava, mas foi em vão quanto mais eu tentava mais chorava.

Ela acariciou o meu rosto.

- Olha para mim. — eu olhei para os seus olhos,parecia preocupada?

- Eu genuinamente não entendo o que esta acontecer, é devido ao banho? — Ela falou calma, ela brincava comigo? Deus eu não aguentava mais jogo sem sentido. Chorei mais.

— Eu estou atentar entender o que esta acontecer, mas se não me dizeres o que se passa eu só vou ficar irritada, com esse choro sem motivo.

— Sem motivo? Eu estou a duas semanas preso naquele quarto sem ver ninguém, sem nada para fazer, todo o meu corpo dói agora, estou cansado e sujo, mas mesmo assim fiz como pediu, vim almoçar como queria, por que me esta a castigar ao fazer-me comer sopa de cogumelos? O que eu fiz? — Falei tudo enrolado devido ao choro.

- Adrianna. — Helena gritou o nome de uma das empregadas que estavam a pouco tempo na sala. Tentei acalmar-me.

— Chamou senhora?- a moça falou ao entrar na sala.

— Leva esses pratos e chama a Dora. — Helena ordenou

— Senhora a Dora saiu de manhã e ainda não voltou. - Adrianna falou em quanto pegava nos pratos de sopa.

- Esta explicado, então diz a Francesca para ela vir aqui.

Não demorou muito a moça vestida com uma jaleca branca entrou na sala.

- Senhora mandou-me chamar? Algo não esta do seu agrado? — Perguntou receosa.

- Quem escolheu a ementa do almoço de hoje?

- Como senhora estava ocupada e Dora não estava fui eu senhora.

- O que leva a sopa?

- Cenoura, Batata, Cogumelos... — Helena interrompeu a moça.

- Francesca eu escolhi a sopa ou mandei por cogumelos nela?

— Não senhora, mas desculpe se eu errei ao por... — respondeu prontamente, mas a sua cara deixa aparente a sua preocupação e receio.

— Estava só a esclarecer um mal-entendido, não te preocupes faz só outra sopa sem cogumelos, se o segundo prato tiver cogumelos também refaz sem e manda levar para o meu quarto.

- Sim senhora, com a sua licença. 







-



-
-

-



-
-

O perigo do teu toqueOnde histórias criam vida. Descubra agora