[Por João Miguel ]
Olhei diretamente nos olhos azuis dela, suspirei fundo e andei vagarosamente na sua direção, continuava deitada sobre a cama, coberta apenas pela camisa de dormir de renda preta, o que instigava maldosamente os meus pensamentos.
— Vai-me punir por disser a verdade? Pensei que quisesse somente a verdade. — falei, Helena arregalou os olhos em espanto com a minha resposta, as palavras de Dora ressurgiram na minha memória como uma luz que me indicou caminho" Helena é uma predadora e como todo o bom predador ela gosta de uma boa caçada, puxe a corda, mas sabia o momento certo de parar ".
Estreitou os olhos na minha direção, endireitou-se na cama ficando sentada com as costas encostas na cabeceira da cama.
— A tua boca ficou mais atrevida, acho que vou ter muito gosto em educa-la.- o meu coração bateu com força dentro do meu peito, não ia recuar, não ia cair no erro de ficar assustado com meras palavras quando se realmente quis-se fazer alguma coisa já teria se a levantado da cama e feito o que desejava.
— Pode e tem todo o poder para educa-la, mas isso não apaga a verdade de que esta a ser teimosa ao não me deixar ajuda-la com as dores nos seus pés.- Novamente apanhei de surpresa com a minha resposta. Eu sentia que estava a cavar a minha cova, o meu estômago aparecia uma montanha-russa, provocar Helena daquela forma estava-me a dar minis-ataques internos, mas continuei a mascarar-me com a minha falsa segurança e confiança. Olhou para mim como se me quis-se matar, não esperei que outra ameaça sai-se da sua boca apetitosa.
— Esta irritada porque sabe que tenho razão a cerca da sua teimosia.- Abri um sorriso presunçoso logo a seguir a minha fala. Deus, estava a começar a ficar tonto com o nervosismo. Vi o seu rosto ser banhado pela raiva.
— Garoto, vou arrancar esse sorriso do teu rosto de uma forma bem dolorosa, se tentares correr eu juro por tudo que podes implorar aos por ajuda, mas desta vez não há quem te salve. - o medo no meu interior era grande, mas eu tinha conseguido controlá-lo ate ali tinha puxado ao máximo agora era só soltar. Quando se levantou da cama e veio na minha direção contrariamente ao que costumava fazer não me encolhi, mantive- me firme. Ela agarrou o meu cabelo da nuca, puxou-me até os nossos rostos ficarem bem próximo.
- Se me quiser punir vá em frente sou todo seu, mas quero deixar que a minha intenção era exclusivamente atenuar a sua dor, tal como atonou a minha, mas se lhe é mais prazeroso me castigar eu aceito de boa vontade.
[ Por Helena B.]
A minha raiva não cresceu das suas palavras, mas sim da sua postura e daquele sorrido como se tivesse toda a razão do mundo, a sua ousadia deixou completamente confusa, mas suas duas primeiras respostas afiadas, assim que o meu corpo se moveu da cama pode deslumbrar o reflexo rápido de retração, assim que cheguei mais perto eu vi, o seu medo, ainda morava nele, só tentou reter, agora a verdadeira questão a ser respondida era o porquê de ter agido de forma tão imprudente queria mesmo aliviar as dores nos meus pés ou só estaria a usar isso como desculpara para tocar no meu corpo?
De qualquer forma, os meus pés estavam realmente a matar-me, olhei para os seus olhos, e apertei os cabelos na minha mão, de verdade não desgostei da sua provocação, hora vejamos até onde poderíamos chegar com isto.
- Se não gostar ou se não diminuir a minha dor, podes ter a certeza que vou aumentar a tua. - soltei-o de forma bruta, garoto desafiaste-me de forma imprudente, a qual eu ate gostei, só espero que saibas manter-me entretida porque se não vou divertir-me com o teu sofrimento.
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O perigo do teu toque
RomanceHelena, uma mulher enigmática e ameaçadora , surge misteriosamente na vida de João Miguel, obrigando-o a ir morar com ela e a seguir suas ordens. Essa narrativa é repleta de assassinatos, violência e suspense. Este texto ficcional aborda uma narr...