15 - Só não pense...

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Aconteceu! O beijo tão esperado, tão sonhado, tão desejado pelos dois (e por todos nós!), finalmente aconteceu!
Mas, e agora? No que isso muda a vida de Alec e Magnus? E o depois? Como cada um vai reagir a isso? Alec vai surtar, ter o famoso gay panic? Magnus vai pirar? Como vão ser o dia seguinte a bebedeira?
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Eu senti! Senti em todas as minhas terminações nervosas, que isso iria acontecer. Alec está bêbado, ele não está em seu juízo perfeito e eu li em seus olhos, em seus movimentos, na maneira que segurou meus pulsos, com muito menos força do que sempre.

Não era o Alec troglodita na minha frente. Era outro cara! Um cara cujos olhos brilharam ao me enxergar sem barreiras, cujos lábios ficaram úmidos, quando sua língua deslizou por eles, ao observar a minha boca.

Vi o olhar predador e soube o que aconteceria, mas não evitei, não o impedi. Eu sou um criminoso? Sou um cara mal por ter me aproveitado da sua mente nublada pelo álcool?

Em minha defesa, apenas me deixei levar pelo momento. Eu também bebi cerveja e depois gim. Minha mente estava igualmente turva... E sua voz estava tão doce, seu sorriso tão lindo, ele era tão diferente do Alec de sempre... Era o cara que eu idealizei, bem ali na minha frente, pedindo para eu só deixar acontecer, e eu deixei... Talvez eu seja um cara bom por ter dado isso a ele!

E foi a melhor experiência de toda minha vida. Porque, por mais que ele parecesse doce, ainda era Alec, o troglodita, agressivo e impulsivo, e eu o reconheci quando me beijou.

Quando sua boca tomou a minha, com ganância, com fome. Quando sua língua invadiu a minha boca, com fúria, quando o piercing da sua língua varreu o céu da minha boca, quando seus dentes morderam meus lábios, quando eu pensei que gozaria somente com aquele beijo, com suas mãos em mim...

Alec é intenso e eu me perdi inteiro em sua intensidade... Eu só me entreguei e ele me tomou, com suas mãos grandes e boca deliciosa. Ele sempre foi dono de mim, eu sempre fui todo dele, aquele beijo apenas chancelou tudo. Alec sabe... ele pode estar podre de bêbado, mas quando estiver sóbrio, vai lembrar, vai sentir, vai saber que é real.

Eu temo pelo amanhã, quando o álcool evaporar e sua visão turva chegar à luz. Ele vai se arrepender, vai me xingar, dizer que o seduzi, que o forcei, que o usei, vai me odiar, vai me crucificar, vai se sentir mal, porque é Alec, o super macho do MC, o vice, super-homem, super-hétero...

E, mesmo sabendo disso, eu não paro, eu o beijo, eu me agarro a esse beijo com todas as minhas forças, e me sinto derretendo quando ele enlaça o braço ao meu redor, me trazendo para o seu corpo, e me beija de novo. Ele me olha nos olhos e me beija, confirmando seu desejo. Alec me quer, ele não pode estar fazendo isso só por causa do álcool. Não é só bebida! Eu não estou louco, eu sinto!

Sua outra mão desliza pelos meus cabelos, ainda úmidos do banho, e os puxam, na nuca, deixando meu pescoço mais acessível, e ele suga, beija, morde, minha pele delicada. Seu nariz percorre o caminho do meu ombro até a minha orelha, como se precisasse sentir meu cheiro, e todos os meus pelos se eriçam quando sua barba arranha a minha pele, e ele geme baixinho, adorando tudo o que tem de mim.

Meu pau já está completamente duro e minhas pernas estão tão moles que tenho medo de desabar no chão, caso ele solte a minha cintura. Ter Alec assim, como sonhei tantas vezes, me deixa meio alucinado, fora de mim.

Ele me prensa na parede, seu corpo no meu, quase nu. Caralho, estou só de cueca!

Sua mão percorre meu corpo, reconhecendo cada detalhe dele. Seus olhos estão nos meus, naquele nosso lance, que agora eu tenho certeza que ele também sente, que não era só eu que me perdia nele...

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