Donos do Mundo

25 - Satisfeito?

Estamos em guerra! Quem cede primeiro a quem?
Magnus já mostrou que é tão temperamental quanto Alec e não pretende facilitar a vida dele nenhum pouco. E Alec? Ele vai ser bonzinho com Magnus?
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Por algum instante em sua mente Alec achou que eu cederia? Bem, ele não me conhece o suficiente!

Eu posso ser bem impaciente, na maior parte do tempo, mas sei esperar, quando vale a pena. E ouvir um pedido de desculpas daquela boca gritadora de palavrões e ordens, vai valer todo o sacrifício. 

Meus sentimentos por ele transcendem o sexo. Os acalento há tempo demais, sem esperança e expectativa nenhuma… Se eu soube esperar que Alec me enxergasse, vou conseguir esperar que entenda que ele precisa ceder se quiser me ter… na cacofonia também…

O vice está muito mal acostumado a nunca ser questionado, dar sempre a última palavras e de as pessoas terem medo dele. Pois eu não tenho! Às vezes ele me assusta com seus gritos? Ora, quem não se assustaria? Mas ele não tem o poder de me amedrontar, nunca teve… Se eu o atendo é porque o amo, e ainda encontrarei o momento apropriado para explicar isso a ele. Sim, eu preciso dizer, colocar para fora de mim, essas três palavrinhas que movem tudo o que sinto por ele. 

Eu quase cedi, naquela sala, imobilizado, sendo tocado com desejo, sob os olhos de fogo de Alec, em mim. Meu corpo todo pedia por ele, eu o desejei com todas as minhas forças…

Mas, não fazia nem uma hora que ele havia gritado comigo, me desautorizado, tomado decisões por mim, diante de todos. Para os caras pode não ser nada além do vice sendo autoritário, o que chocaria zero pessoas, mas, para mim, sou eu deixando ele tomar as rédeas da minha vida, o que eu não quero! Alec tem que aprender que não funciona assim… Se ele quer ficar comigo, não vai me tratar como os todos. Eu sou especial! E se ele tem vergonha de assumir isso, o problema não é meu. Ele que se vire para me tratar de forma especial sem explicar porquê.

E, se o sexo é a arma que ele apresentou para tentar me fazer ceder a ele, depois de tudo, é essa mesma arma que usarei para que ele faça isso… 

Alec me olhava com superioridade, quando concordou com meus termos. 

Quando perguntei quem era o cara, lá fora, e o que ele queria dizer, afinal, ele apenas ergueu uma sobrancelha, fez um movimento com os lábios, demonstrando desinteresse e mentiu. Sim, eu tenho certeza que ele estava mentindo, porque seus olhos fugiram dos meus. 

_ Quando cheguei lá ele já tinha ido embora… Não devia ser nada tão importante assim, se ele resolveu não esperar. 

Eu quis gritar com ele, acusá-lo de estar mentindo, mas não adiantaria. Alec nunca voltaria atrás, porque simplesmente não quer que eu saiba nada sobre Imasu. 

_ Você é tão ciumento… _ é tudo o que digo e vejo suas bochechas corarem. Com o rosto limpo, eu tenho total controle de suas emoções pela coloração de suas bochechas, e, se ele perceber isso, nunca mais vai deixá-las totalmente descobertas.

Ele não nega, permanecendo em silêncio, e eu tenho de admitir que gosto disso, porque mostra apenas que ele já aceita isso. Aos poucos estou tomando mais espaço nele, só espero que seus ciúmes não nos cause mais problemas.

_ Gostei desse lugar, eu sempre quis ver como era _ comento, com relação a sala de visitas. Ela é como uma lenda urbana no rancho, porque poucas pessoas têm acesso, por motivos óbvios.

É uma sala de tortura, com equipamentos estranhos e assustadores. Acho que a ideia é essa, deixar o inimigo assustado desde o início e talvez arrancar dele o que quiserem sem ao menos tocar em sua pele com mais violência. 

_ Só imaginei que seria uma masmorra escura e suja de sangue, com o cheiro de urina de vítimas desesperadas…_ dou uma risadinha cruel. 

Ao contrário do meu imaginário, a sala é imaculadamente limpa e não consigo ver nenhuma arma sobre o balcão onde Alec está recostado. Aposto que está tudo dentro dos gavetões, sob esse mesmo balcão.