21 - Você gostaria disso?

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Pensaram que não ia ter capítulo novo hoje? Eu não os deixaria na mão assim...
Não podemos ficar um dia sequer sem acompanhar a saga que é esse relacionamento de Alec e Magnus, esses motoqueiros geniosos...
Agora eles estão juntos, mas, até quando?
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_ EU NÃO VOU SER SEU SEGREDINHO SUJO! _ ele grita na mais alto. 

_Eu não estou pedindo isso…_ tento explicar, mas ele está com raiva e joga tudo o que acha pela frente em mim, roupa de cama, suas botas, meus coturnos. 

Preciso virar a mesa e me esconder atrás dela para não ter uma concussão caso algum calçado, jogado com tamanha raiva, atinja a minha cabeça. Esse é o cara que pediu para não brigarmos mais, algumas horas atrás…  

_ CLARO QUE ESTÁ! VOCÊ QUER QUE FIQUEMOS EM SEGREDO. FORAM ESSAS AS SUAS PALAVRAS! _ ele grita do outro lado do quarto, como se o espaço não fosse pequeno e eu não pudesse ouvir até um sussurro. 

_ Magnus não jogue o abajur! _ peço, quando ele agarra o objeto pela haste. Empurro a mesa, como um escudo, até mais perto da cama e me levanto, no timing errado, porque ele bate na minha cabeça com algo duro. 

Saio do meu esconderijo e me sento na borda da cama, levando as duas mãos à cabeça, uma dor lancinante no lado direito. _ Caralho, Magnus, me mate logo! _ reclamo. 

Ele corre e se senta no meu colo, sobre uma perna. _ Feriu? _ pergunta, preocupado. Olho para a sua mão e a minha pistola ainda está nela. 

_ Você me deu uma coronhada com a minha arma? _ não sei se estou puto ou chocado. _ Pelo menos aprenda a segurar direito! _ protesto, quando puxo a pistola da sua mão e a devolvo, da maneira certa que devia estar segurando para dar a coronhada. _ Do jeito que usou ela podia acionar a trava e disparar em mim, ou até em você, caso tivesse uma bala no cano, seu irresponsável! 

Ele bufa e deixa a arma sobre a cama. Bate nas minhas mãos, as afastando da minha cabeça, e acaricia meu couro cabeludo machucado.

_ Eu não sou irresponsável, seu idiota… _ diz. _ Não feriu, mas fez um galo, bem feito! _ aponta, mas beija o local inchado. 

_ Você me machucou…_ me lamento e ele segura meu rosto entre as mãos e beija minha boca. 

_ Porque você mereceu… _ garante. _ Eu não vou ser seu segredinho sujo… _ repete. 

Aperto sua cintura e o jogo na cama, bagunçada e sem cobertas, subindo em seu corpo. _ Você não é… Eu só pedi um tempo, até eu… 

Ele me corta. _ Até você criar coragem para me assumir? Ou melhor, para 'se assumir' diante do seu pai?

_ Não quero ficar longe de você _ não respondo suas perguntas para evitar mais discussão. Ainda é complicado na minha cabeça aceitar que eu posso ser gay, quando nunca me senti atraído por outro homem, além dele. _ Antes, eu ainda conseguia controlar meus instintos. Mas, depois que eu tive você, que ficamos juntos, desde a primeira vez… sinto que vou enlouquecer se não o tiver comigo… _ assumo. _ Só estou pedindo um pouco de paciência e que não me afaste durante este período _ peço, humildemente, nossos rostos tão próximos que posso sentir seu hálito morno. 

_ Eu vou pensar… _ Ele vai ceder, eu sei que posso fazê-lo aceitar. _ Está amanhecendo… podemos passar o final de semana aqui? _ ele faz um biquinho fofo, me testando. Porra, como esse cara consegue me ter na sua mão? 

Tenho o serviço dos russos para terminar, larguei tudo e saí como um louco atrás dele, porque não conseguia me concentrar em nada, mas… foda-se, se Magnus quer ficar, claro que vamos ficar.

_ A semana inteira, se você quiser, docinho… _ sorrio grande. 

_ Só o fim de semana mesmo… não vou faltar no meu trabalho novo… _ ele se vangloria e eu faço uma careta. 

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