39 - Você prometeu!

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Chegamos ao penúltimo capítulo da nossa fic poderosa, com nossos anti-heróis apaixonados.
Eu gostei demais de dar vida a eles e admito que ainda não estou preparado para deixá-los ir...
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Estou nervoso! Como não ficar? Vou pedir Magnus em casamento, mas, e se ele não quiser? Se disser não? Se achar bobo esse lance de casar? Magnus não é o cara mais previsível do mundo!

Eu devia ter perguntado antes, sondado, tentado saber qual seu pensamento quanto a casar, ter um registro oficial do nosso relacionamento… Ele gostou da ideia de termos uma casa, morarmos juntos de verdade e não apenas dormirmos juntos na mesma cama, mas, quando a obra demorou, Magnus simplesmente surtou e queria queimar a porra da casa. E se ele não gostar de casamentos? 

Brinco com a caixinha, a jogando de uma mão para a outra, enquanto ando de um lado para o outro dentro da casa vazia. 

Ela é linda, exatamente como Magnus quis. Dois andares, sala, cozinha e área de serviço no térreo, dois quartos com banheiro, no segundo andar. Há roseiras no jardim e uma jacuzzi no quintal, área cercada e coberta, com total privacidade para fazermos o que bem entendermos. 

A banheira do nosso banheiro é grande o suficiente para nos caber confortavelmente.

As paredes externas são azuis, com janelas brancas, e as internas são marfim, conforme ele escolheu. Em breve ele irá às lojas, escolher os móveis… e parece que vou ter de ir junto, porque eu prometi… Onde eu estava com a cabeça?

De qualquer maneira, mesmo vazia, a nossa casa será a testemunha do meu pedido. Espalhei dezenas de pequenas velas em todos os ambientes, ao longo da escada, no quarto e até no banheiro, porque também tenho planos para um banho gostoso de comemoração, na nossa banheira…

Deixei alguns extintores de incêndio em pontos estratégicos para eventualidades, embora tenha feito tudo com extremo cuidado para que o fogo fique longe das paredes. 

Dou uma última volta em todos os cômodos e volto para a sala. É isso… 

A essa altura, Rafael já foi até Magnus, avisando para ele vir até a obra. Ele ainda não sabe que tudo está pronto… Só espero que não seja teimoso e venha! 

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_ Ir onde? _ franzo o nariz, nada contente com a ordem do vice. _ Primeiro, ele cospe ordem para eu não ir mais na tal obra, porque diz que estou muito mal-humorado e blá blá blá. Agora, o todo poderoso resolve que me quer lá e pronto? _ Foda-se ele, eu não vou! _ rosno, decidido, na saída do trabalho. 

Rafael está tranquilo e aparenta já saber que eu diria isso. Ele apenas suspira. _ Magnus, a casa está pronta e Alec quer que você seja o primeiro a vê-la. Por que criar um caso sobre isso? Ele se desdobrou para construí-la, deixou tudo de lado apenas para fazer esse projeto… para você! 

Isso me toca… Rafa tem razão. Alec se matou de trabalhar, até emagreceu um pouco e nunca mais dormiu mais que três horas de sono. Ele se dedicou e sei que a tal proibição, que rendeu uma puta discussão, foi só para eu ter impacto quando visse tudo pronto e… chegou a hora! 

Reviro os olhos, fingindo desinteresse. _ Está bem… eu vou _ respondo em tom apático e ele ri. 

_ Está louco para ver, admita! _ me provoca. 

Sorrio pequeno. _ Sei que deve estar perfeita, pelo pouco que acompanhei… Alec é metódico, perfeccionista e deve ter enlouquecido os outros trabalhadores. 

Ele continua rindo. _ Pelo que soube, Alec estava infernal… pior do que sempre. Humor de um cão do inferno…

_ Engraçado, durante a madrugada ele parece um filhotinho pidão… _ provoco, sorrindo cinicamente. _ Só não diga a ninguém… _ sussurro. _ Eu vou até a obra, mas só porque eu quero e não porque ele mandou que eu vá…_ aviso. 

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