Vamos falar sobre segredos, sobre consequências, sobre descobertas, sobre o que há por vir...
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Me levanto e todos os olhos que estão dentro do meu quarto se recolhem. Os homens dão meia volta da porta, aberta por Rafael, para resgatar Magnus, e em um segundo o corredor inteiro está vazio. Fecho a porta, com um golpe, e olho ao redor, tudo está destruído. Filho da puta surtado do caralho!Não encontro uma camisa inteira e pego uma com um rasgo nas costas, visto o colete por cima e pronto, ninguém vai ver…
Junto o que sobrou do maldito celular e saio do quarto. Olho para a porta do quarto de Magnus, preciso falar com ele, tentar remediar a situação, mas sei que há algo mais urgente ainda para resolver, então tento colocar minha cabeça no lugar e respiro profundamente, em busca de calma.
Este não é o momento, apesar de precisar explicar a Magnus que eu não quero ser deus, só quero protegê-lo. Entendo que ele não vai querer me ouvir agora, e nem eu vou conseguir inventar uma boa desculpa para estar com o celular do ex-namorado imbecil dele.
Pelo menos Magnus pensa que eu mandei o cara embora, depois de ameaçá-lo.
Passo pelo salão, como uma bala, e finjo não perceber todos os olhos em mim. Não sei nem o que sinto quanto a isso…
Subo na minha moto e vou para a sala de visitas. Preciso dar fim ao que sobrou do celular, mesmo sabendo que eles virão atrás do sinal, de qualquer maneira… e isso é uma merda!
Dou fim em cada pecinha do aparelho e depois volto ao meu quarto, para resolver a bagunça. Preciso sumir com tudo antes que eles venham, já que a última coisa que quero é dar algum tipo de explicação sobre o quarto destruído. Eles podem pensar que tem a ver com Imasu… e até tem, mas não como eles imaginariam.
Junto tudo o que foi destruído e tiro de lá, em grandes sacos de lixo. Sumo com a CPU do meu computador e escondo junto os HDs e pendrives, com as imagens capturadas na varredura que fiz no celular de Imasu.
Jogo fora minhas roupas cortadas e rasgadas, e passo parte do dia tentando, sem sucesso, consertar a porra da minha cama. A outra parte do dia eu saio e compro outra cama, colchão, cômoda e guarda-roupa, ou seja, tudo o que Magnus quebrou e eu desisti de consertar. Eu não sabia que ele tinha tanta força assim… Mas, porra, ainda sinto a joelhada que me deu!
Soube, por Jace, que Magnus juntou suas coisas e voltou para a casa dos pais, o que me deixa preocupado. Ele está mais zangado do que imaginei…
Já brigamos muitas vezes, mas esta é a primeira vez que ele sai do dormitório por isso. Finjo não me importar, mas por dentro estou nervoso, tenso, meio desesperado e puto, muito puto.
Conto ao meu amigo o motivo do descontrole de Magnus, o deixando atônito quando afirmo que brevemente os federais estarão no rancho para fazer buscas ao celular.
_ Era a desculpa perfeita que eles precisavam paga entrar no clube… uma merda!! _ bufo, desanimado.
_ O que vamos fazer? _ ele pergunta, com olhos arregalados.
_ Nada… não vamos fazer nada, porque não fazemos ideia do que eles querem e o que pensam que temos… _ respondo, dissimulado.
Ele sorri de lado. _ Você faz parecer tão simples… Queria ter esse seu sangue frio… _ então ele fica sério. _ E Magnus? E se ele falar sobre o celular?
_ Ele não vai falar… _ respondo convicto. _ Magnus pode estar puto comigo, mas ele é leal ao clube e não vai dizer nada que possa prejudicá-lo.
_ Espero que você tenha razão… _ ele suspira.

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Donos do Mundo
RomanceCriado desde a infância no Moto Clube Donos do Mundo, Magnus é um membro jovem, aos 26 anos, cheio de vida, dono de si e gay assumido, que nutre uma paixão platônica pelo vice do MC, Alec Ligthwood, de 24 anos, seu verdadeiro oposto. Alec é uma pe...