45 - Bônus 5 - Filho da...

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O carro do bônus chegou cedinho neste domingo para encher sua cabeça de ideias...
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Estou puto! Eu acredito em Alec, juro que acredito. Confio no meu marido, sei que ele me ama, que não deseja outra pessoa, senão eu. Eu sei que ele não quer Lydia, mas só imaginar que eles podem se encontrar sozinhos e a vadia aproveitar para chorar no ombro dele, já me dá nos nervos. 

Reviro a caneta entre os dedos e não enxergo nada que está na tela do computador… Minha tarde de trabalho será praticamente perdida hoje, eu sei… Eu devia ter aproveitado meu favorecimento e ficado em casa, rolando na cama, como fiz até a hora do almoço, depois da puta foda que Alec me deu, antes do amanhecer, só para acalmar meu coração… Esse homem tem um tesão interminável! 

Fico me perguntando se com Lydia também era sexo monótono… Eu e ela nunca nos demos bem o suficiente para trocarmos figurinhas… Eu sempre a odiei! E ainda não gosto…

Eu poderia sumir com ela… 

Pouco mais de duas horas depois da mensagem avisando que iria na cidade, Alec envia outra… 

Fico em dúvida se leio, pois sei que posso ficar mais puto e até pegar a minha moto e ir lá acabar de vez com a raça dessa descorada, se ele disser que vai demorar.

"Venha ao hospital, agora!" _ e só! Como assim "venha agora?" O que está acontecendo? 

Ligo para ele, que já atende mal-humorado. "_ Eu disse para vir e não para ligar, mas você não aguenta… Só venha…" _ ele vai logo dizendo, raivoso, e desliga na minha cara, sem me dar ao menos a oportunidade de falar.

Rosno, mais puto da vida. Alec é tão mandão! Que ódio! Qual a parte que ele não entende que eu estou trabalhando?

Fecho os olhos e conto até 10, para não explodir no meu ambiente de trabalho, mas, quando ainda estou no seis, a coordenadora do meu setor encosta no meu nicho.

_ Magnus, você está liberado por hoje… _ ela avisa e eu só quero que um buraco, para a China, se abra sob os meus pés. 

Minha boca me trai, porque, de verdade, eu não quero saber. _ Por que? 

_ O vice mandou que fosse liberado _ ela responde e eu não consigo ler sua expressão. Ela parece não ter nenhuma opinião sobre isso, mas pode estar se roendo por dentro. Eu odeio Alec! 

_ Obrigado… _ sorrio amarelo, o mais humilde que posso, para não parecer metido ou superior. Ser lorde do vice me enche de moral, mas sei que sempre há aqueles que acham errado o favorecimento, como eu mesmo acho. 

Alec, porém, faz questão de usar tudo o que tem direito para mim, sempre me colocando acima de todos, como se eu fosse especial, e quando reclamo, diz que eu sou… Não sei se morro de raiva ou de amor… 

Guardo minhas planilhas na gaveta e saio, sem olhar para trás. Pego minha moto e vou para a cidade, contando os minutos para jogar todos os xingamentos que conheço na cara de Alec. 

Ele está do lado de fora do hospital, próximo ao estacionamento, andando de um lado para o outro, quando estaciono minha moto, ao lado da sua. 

_ Seu escroto de merda… _ começo, antes mesmo de descer, mas ele se aproxima, me pega pela nuca e me beija, impedindo que eu consiga falar.

Mordo sua língua invasora e ele morde a minha, me arrancando de cima da moto e me apertando em um abraço. 

Sugo sua língua com violência e ele me imita. Nosso beijo é como uma guerra, que ninguém pode ver… Cedo a algo mais calmo, pois sei que ele não vai  ceder e vou acabar com a língua dolorida. Ele encerra o beijo com pequenos beijos pelo meu rosto. 

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