44 - Bônus 4 - Sem escândalos...

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Hoje é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e eu pensei que não tinha preparado nada especial para a data. Aí eu lembrei que o carro do bônus 😉😅. Nada como um pouco de Malec para nos fazer lembrar que AMOR É AMOR! Toda forma de amor vale a pena! 😉
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Acordo quando o celular de Alec treme na mesinha de cabeceira do lado dele e seus braços deixam meu corpo, quando ele me dá as costas para atender.

"_ Calma, não consigo entender…" _ diz baixinho, antes de se levantar e sair do quarto, com o celular ao ouvido. Até ali eu não havia me movido, mas logo sento na cama, preocupado com tal ligação. 

Alec volta para o quarto já indo direto para o closet, para o qual eu o sigo e o vejo vestindo o jeans surrado, para sair.

_ Onde vai? _ pergunto, minha voz o surpreendendo. Sei que algo está errado quando seus olhos crescem ao me ver acordado e demora para responder, como se buscasse uma resposta aceitável para me dar. _ Desembuche! _ meu tom já sai do amigável.

_ Tenho um problema para resolver no rancho _ ele usa algo evasivo, mas a vida toda de convívio e um ano de casados me fez conhecer muito bem o meu homem.

_ Mentira! Me diga o que está acontecendo! _ exijo, começando a me preocupar.

Alec enfia a camisa pela cabeça, bagunçando os cabelos, que disse que iria cortar esta semana, mas ainda não teve tempo, se aproxima de mim e me encara. _ Docinho, pode ir dormir sossegado, não aconteceu nada com nossa família… e você tem razão, eu não estou falando a verdade, não é nada no rancho também… _ ele admite e não posso negar que Alec tenta evitar uma discussão. 

_ Eu não posso dormir sossegado quando meu marido levanta às 3h30 e vai sair às pressas _ bufo, enquanto ele enlaça seus coturnos em tempo recorde. _ Onde vai? O que está acontecendo? E, principalmente, quem era ao telefone? _ minhas mãos estão na minha cintura, meu corpo coberto apenas pelo robe de seda vermelho. 

Alec, que está sentado no banco acolchoado, terminando de calçar o outro coturno, ergue os olhos para mim, novamente buscando uma resposta em sua mente. Antes que minta novamente, porém, seguro seu rosto entre as mãos e o encaro sério. 

_ Se mentir novamente para mim vai dormir no inferno, mas não nesta casa… _ aviso, no meu tom mais tranquilo, enquanto acaricio sua barba. 

Ele torce o lábio e sua língua acaricia o piercing. 

Suas sobrancelhas se erguem. _ Era Lydia… mas, calma… eu posso explicar! _ ele começa, mas solto seu rosto e dou um passo atrás, pronto para brigar. 

_ O QUE? AQUELA VADIAZINHA DO CARALHO SAIU DA SEPULTURA E VOCÊ E VAI CORRENDO? QUE MERDA É ESSA? _ grito, indignado.

Alec se ergue e segura meus braços, me mantendo quieto no lugar, por imaginar que eu possa atacá-lo, e eu o  estapearia, se não estivesse imobilizado.

_ Magnus, me ouça! _ ele tenta chamar a minha atenção, enquanto me debato e grito todos os xingamentos que conheço. Só não acabo logo isso com um chute nas suas partes baixas porque prometi nunca mais fazer isso, até porque ele me avisou que reagiria em uma segunda vez. Apesar de duvidar, não quero pagar para ver…

_ OUVIR O CARALHO! _ me esgoelo.

Ele me sacode. _ Não me deixa falar, depois reclama que não falo as coisas a você _ reclama, e eu paro. 

_ Diga! _ exijo. 

Ele respira e me solta. _ Ela está com problemas… no hospital… Me ligou porque não tem outra pessoa que possa ajudá-la… Eu vou apenas resolver seu problema e quando voltar conversamos, prometo… _ ele explica, com calma. 

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