28 - Não mais...

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O negócio tá pegando fogo...
Magnus não quer saber de Alec, a polícia está, em peso, no rancho e a qualquer momento tudo pode ser descoberto... Quem vai se ferrar mais nessa história?!
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Eu sou o terror de qualquer policial, exijo a presença da minha advogada e me resguardo ao direito de permanecer calado. Diante disso, os federais ainda tentam me manter lá, mas, como não têm nada contra mim, são obrigados a me liberar. Vão se foder, seus putos! 

Minha mãe me enche de perguntas na volta para casa, mas ainda estou no ritmo do interrogatório e me mantenho em silêncio. 

Ela para o carro no meio do caminho e me encara. _ Você tem alguma coisa a ver com o desaparecimento desse rapaz? _ pergunta com todas as letras, porque me conhece o suficiente para saber que eu posso ter algo com isso.

Ergo uma sobrancelha e a encaro um minuto, em silêncio, então respondo friamente. _ Sim… 

Ela fecha os olhos e aperta o alto do nariz, respira fundo, e me encara novamente. _ Eles podem encontrá-lo um dia? 

Travo meus maxilares e limpo a garganta. _ Não há a mínima possibilidade disso… _ sou sincero, em meu tom gelado. Eu sei o que faço e posso garantir que não há rastros. 

_ Vai me dizer por que fez isso? Seu pai sabe? _ ela me interroga.

_ Não e não… _ negativas apenas.

A mão dela alcança meu rosto, acariciando meu maxilar, os pêlos crescendo e deixando o local áspero. _ Por que você é tão drástico e fechado, Alec? 

Dou de ombros. Eu não vou ter uma DR com a minha mãe. Não sou esse tipo de cara… Infelizmente ela vai ter que aceitar o meu silêncio.

Ela entende que essa conversa não vai rolar e se volta para o volante, dando continuidade à viagem. Em algum momento, porém, ela apenas conclui nossa conversa. _ Se o que diz é real, esse caso se encerra aqui. Se ninguém sabe, vai continuar assim. Ok? Eu não vou falar nada ao seu pai…

Eu apenas concordo com a cabeça e continuo olhando pela janela, minha mente voltada para Magnus. Sinto sua falta e acho que já dei tempo demais para ele parar de ficar tão zangado comigo. Preciso falar com ele, o tranquilizar, dizer que tudo está bem e que essa situação de hoje não tem nada a ver com ele. 

Me incomoda que ele esteja na casa dos pais e não saia de lá para nada. Deixo Jace de olheiro e ele me dá boletins durante todo o dia. Quero vê-lo, falar com ele, saber como está e se ainda está muito zangado. Eu preciso dele… Estou tenso, ansioso e sei que é por causa dele. Dois dias sem ele e eu já quero bater em todo mundo! 

Mais dois dias e o falatório sobre a ação policial no rancho já é passado, não causa mais fofoca, mas os olhares estranhos para mim, por causa daquela manhã de destruição no meu quarto, ainda continuam os mesmos, como se não achassem nada melhor para fazer. Quero gritar com cada um que me olha como se perguntasse "e aí, o que vai fazer agora?" 

Eu não sei! Não faço a menor ideia do próximo passo. Eu mal consigo pensar com clareza, longe de Magnus. 

Uma semana e eu estou explodindo. Já mandei vários recados para ele vir conversar, mas só recebo negativas. Tive uma discussão por motivo bobo, com Andrew, o secretário do clube, e quase bati nele, no meio de uma reunião, sendo necessário o pres. se meter entre nós.

_ Que porra está acontecendo com você? _ Robert bate no meu peito, me empurrando para fora da sala de reuniões.

_ Nada… _ rosno e dou as costas para ele. 

_ Resolva suas questões e volte quando estiver mais… normal _ ele ordena.

_ Vai me deixar fora da reunião? _ avanço, quase gritando na sua cara.

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