3 - Me solte...

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Prontos para mais um capítulo dessa aventura?
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Alec não dormiu no MC na noite passada, e sei disso porque sim, eu fico bisbilhotando seus movimentos. Me chamem de masoquista e idiota, mas eu não consigo me libertar disso, mesmo meu relacionamento com Imasu estando tão bem. Ele é agradável e me trata com carinho e atenção, mas parece que falta alguma coisa...

A entrada de Alec no bar chama a minha atenção. Todos, quando chegam ao MC, passam pelo bar, por ficar logo na entrada, e isso é bom, porque eu passo muito tempo aqui e gosto de ter meus irmãos por perto. Mentira, eu só queria mesmo era que Alec sempre passasse e ficasse aqui... E é sobre isso!

_ Cara de quem não dormiu..._ comento, meu tom irônico.

Alec pisca algumas vezes e se debruça no balcão. _ Tem café nessa merda? _ bufa, olhos semicerrados, sobre as olheiras escuras.

_ O que esteve fazendo até agora na cidade? _ pergunto, deixando a curiosidade me trolar. Alec pode me xingar até a quarta geração com essa pergunta.

_ Eu pedi um café! _ exige.

_ Não, você não pediu. Você xingou perguntando se tinha e não tem! _ respondo atravessado, mas minha mãe vem da cozinha, com uma xícara fumegante nas mãos. Se fosse outra pessoa, juro que mandava voltar...

_ Obrigado, Catarina, você é a melhor..._ ele agradece e, eu sem fico chocado como ele vira uma xícara de café quente na garganta sem reclamar.

_ Quem foi sua vítima da vez? _ continuo meu interrogatório. _ Você nem veio para o bar ontem a noite... É alguma vadia nova? Usou camisinha ou vai mesmo deixar o pau cair?

Alec não me dá ouvidos e eu fico puto quando ele se levanta e sai. Tiro meu avental e jogo sobre o balcão, o seguindo pelo caminho até o salão de festas. _ Você me deixou falando sozinho, seu energúmeno! _ reclamo.

_ Eu não sei o que isso quer dizer, mas deve ser algum xingamento novo e eu não sou obrigado a dar satisfação da minha vida a ninguém, principalmente você! _ ele devolve.

_ Principalmente eu, por que? _ estou puto.

Alec para e me encara. Eu sou tão menor do que ele, tão mais estreito e pequeno. Eu devia temer esse monstro coberto de tatuagens? _ Você é chato pra caralho... _ responde simplesmente.

_ Porra, que custa responder a alguma das minhas perguntas? _ bufo, não o seguindo quando volta a andar.

Alec para, joga as mãos para o ar e se vira. _ Eu não vou deixar meu pau cair, usei preservativo! _ responde e eu quero matá-lo. De todas as perguntas ele responde justamente a que eu não queria saber. Eu não quero saber de você estava fodendo uma puta, seu infeliz!

_ Obrigado! _ respondo entredentes e volto para o bar, batendo os pés, com raiva. Eu odeio Alec!

Ontem eu não vi Imasu. Ele disse que precisava resolver algumas pendências e que hoje poderíamos jantar juntos, na sua casa. É minha noite de folga e eu vou aproveitar para dormir lá. Se Alec pode sumir, eu também posso...

Me arrumo com esmero dobrado a noite. A calça justa deixa ver como minhas pernas são saradas e minha bunda durinha. São anos de exercícios físicos puxados na academia do rancho, que as deixaram assim, e eu me orgulho do resultado de tanto esforço. A camisa, com apenas dois botões fechados, acima do umbigo, e alguns cordões dourados. Delineador nos olhos e glitter nas pálpebras. Lábios um pouco mais rosados e brilhosos com sabor de morango... Pronto para arrasar, com minhas botas de motoqueiro com taxinhas reluzentes...

_ Vai sair? _ me assusto quando saio do corredor do dormitório e ouço a voz de Alec, que está encostado no balcão do bar do salão de festas.

_ Que diabos! Você parece um fantasma do Natal passado, escondido aí! _ bufo, a mão sobre o coração.

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