Everything or Nothing - Tudo ou Nada

Parte (01/11) Cap.#09

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       » Capítulo #09 "Controle de Fluxo" Parte (01/11) 

        - Arf! Arf! - Augusto parecia assustado, se esforçava para continuar respirando enquanto tentava entender a situação que seus olhos acabará de ver.

    No meio da rua, Augusto via a sua frente apenas destruição. A estrada era bloqueada por destroços de prédios e construções. Havia corpos no chão em volta dos escombros, inocentes e combatentes. No céu, um ser enorme flutuava e rugia com uma fúria que faria até o mais corajoso dos homens tremer. Era como um dragão oriental, com escamas vermelhas escarlates e brancas, seu olho era único como um ciclope. A sua energia parecia a própria essência do caos.

    Augusto tinha um olhar que cada vez mais expressava ódio do que medo, ele começava a andar até os destroços e corpos até chegar no centro da destruição, se agachou e observou um corpo no chão, colocando sua mão sobre os olhos abertos da vítima e os fechando. 

    Ele observava esse cadáver jovem com mais carinho do que qualquer outro ali, aqueles cabelos loiros que nunca mais viriam a se mover com o vento, a pele morena cada vez mais pálida e os olhos castanhos escuros que nunca mais seriam abertos. 

— Mário... — murmurou Augusto. Ele olha para o céu e vê o grande e vermelho dragão de um olho, nisso soltava um grito extremamente alto e forte, como se estivesse explodindo por dentro.

— Augusto... Augusto... Augusto! —

    Na enfermaria, Augusto acorda em um pulo, suando excessivamente, ao seu lado estava Ho Nico, que o olhava com uma cara engraçada.

— Teve um pesadelo garotinho? — dizia Nico.

— Não enche — Sua voz saía fraca e rouca — O que foi? —

— Vim só avisar que vou embora. Como você é o "líder" precisava dizer diretamente a ti, então é isso. Falou. — Nico virava de costa para então ir embora.

— Espera! — 

— Hm?... —

— Eu preciso que fique aqui por mais uns dias, mal consigo por o pé no chão ainda... — Olhava para seus pés debaixo do cobertor — Mas, se você estiver aqui não terei com o que me preocupar. - 

— E porque eu ficaria aqui? Não sou nenhuma babá. —

— Qual é, só você pode lidar com aquilo além de mim. —

— Hunf! Vocês são uma divisão especial, focada apenas em yokais, se não conseguem nem exterminar um yokai, pra que servem então? —

— E... — Ele se calou. 

— Tchau, já to indo. — Nico saia da enfermaria.

   17 de novembro de 2022, Quinta feira, ás 08:00 da manhã. Via-se muitos estudantes em frente ao portão da escola, além de outros que já entravam no pátio. America vinha caminhando até o portão, mais encolhida do que o comum, de cabeça baixa e um olhar bem deprimente, tentando ignorar qualquer coisa e pessoa a sua volta. Algumas pessoas observavam ela por alguns segundos e depois paravam, também sussurravam sobre seu pai e outras coisas. A garota apenas seguia e então passava pelo portão da escola, andava e andava, sem parar, sem observar, sem escutar. 

— Hm? Aquela lá não é a America? — dizia Magnus apontado para a garota que virava a esquina do corredor no mesmo instante.

— Poisé, é sim. — disse Rion.

— É ela! — falou Yukihira.

— Ei America! — Magnus acenava com o braço bastante esticado e um sorriso no rosto — Você veio! —

    Esse som, essas pessoas, esse sorriso... Era como uma breve felicidade naquele momento tão deprimente e desconfortável que ela vivia, America trocava olhares com eles, sua feição já não era tão triste assim, neste instante eles pareciam ser os únicos seres possíveis a faze-la um pouco feliz.

— Sim! — Ela se aproximava deles com um sorriso de pura alegria — Eu vim! —

(Eles são as únicas coisas que me restaram daquela vida boa, sem monstros, sem mortes, sem nada disso...)

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24/06/2023. As 21:24. Eu gostei disso aqui, de verdade, mas não posso ficar enrolando tanto por ter medo de escrever certas cenas "importantes" que farão a história andar beeem rápido. Preciso fazer os jovens desenvolverem suas habilidades rápido para poder avançar na trama, então para a próxima parte espero fazer isso. Fim.