ALEXIA

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A minha rotina estava de volta

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A minha rotina estava de volta.

Mas eu não esperava que seria justamente no Barcelona. Tudo bem que era o escudo que pintava o meu coração desde criança, mas como eu poderia prever um giro desses? Culpa daquele..... Enfim, não preciso cita-lo. Eu daria tudo para ser mais uma anônima que só o conhecia por alto. Tenho certeza que mais da metade da população espanhola gostaria de estar tão próximo dele quanto eu.

No sentido físico, claro. Porque no sentimental só descia ladeira abaixo.

Mas infelizmente eu não tinha esse poder de troca. Ele estava no final do ônibus agora, a duas poltronas da minha. Depois do jantar ter sido um fiasco como previ, voltamos de manhã cedo e peguei o primeiro táxi para o meu apartamento. Tudo para evitar mais contato. Eu estava muito melhor sozinha longe dele do que perto de alguém que não sabia o que tinha. Que não valorizou o meu sentimento. Ele se fingiu de cego por anos! O que o faria agir diferente dessa vez? Pedri só estava querendo se divertir perturbando a minha vida, e o que eu mais queria era poder esquecê-lo de uma vez.

Eu o odiava agora.

Como nunca pensei que pudesse odiá-lo.

O notebook estava ativo no meu colo, sendo talvez a única iluminação porque praticamente todos dormiam. Os pneus se moviam, o silêncio reinava e os meus dedos nas teclas finalizavam os últimos detalhes sobre as notícias de contratos renovados que tenho que publicar amanhã cedo. As funções eram as mesmas e eu não teria nada de surpreendente. Tudo funcionaria em prol do outro time de coloração vermelha no qual eu me escondi da última vez que o clube viajou para o Reino Unido.

Minha antiga casa.

Mas o que poderia acontecer de tão anormal por aqui, certo? Eles não eram nenhum bicho de sete cabeças. O máximo que aconteceria era as provocações do trio infernal. Então eu deveria..... Respirar e me acalmar. Os dias passariam voando e logo eu estaria pronunciando o inglês outra vez, bem longe de toda a loucura da Espanha.

Em seis meses.

E só se passou quatro dias.

Droga! Quem eu queria enganar? Eu estava apavorada. O único que se mostrou mais amigável foi o loirinho holandês. Ele que carregou a minha mochila cheia de coisas para o tempo que passaremos em Sevilha. O comum era não ter muita amizade com os jogadores, mas pelo menos no United era diferente. Lá eu tinha Marcus e Garnacho comigo. E se eles estivessem aqui agora, com certeza estariam tentando me atrapalhar com inúmeras gracinhas ao meu lado.

E tudo o que restou foi nada mais que o vazio.

A tela do notebook foi abaixada e, quando subi o olhar para identificar o causador, encontrei o muito-possivelmente-certeza mais insuportável do grupo.

— Essa luz se tornou um problema.

Oh, meu Deus, sério?

— Problema seu.

Glitch • Pedri GonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora