ALEXIA

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quem acreditar que a autora escreveu esse capítulo em um dia ganha um bombom ;)

quem acreditar que a autora escreveu esse capítulo em um dia ganha um bombom ;)

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— Tem mais alguma coisa?

Cruzei os braços, me sentando na beirada da cama.

— Eu não vou sair daqui.

— Você não tem escolha.

— Tenho sim!

Ele realmente estava agindo como se eu tivesse de acordo com essa loucura, e cada minuto que se passava a minha teoria de que ele estava com problema de audição fazia mais sentido. Pedri me arrastou de volta para o meu apartamento e começou a colocar as minhas coisas nas malas sem nem ao menos escutar as dezenas de reclamações que eu estava proferindo desde que saímos daquela casa. A caçula dos Martinez não pôde ir por algum motivo e o Gavi também não voltou pela manhã. Fiquei me perguntando se aconteceu alguma coisa sobre o casamento, a gravidez ou ele simplesmente trancou ela na torre de novo.

Não que ele fizesse diferença, de todo caso. Estar livre da presença de Pablo Gavi me concedia a benção de mágicos minutos longe do ser humano mais irritante da terra.

Estávamos no meu quarto e ao redor praticamente só restou os móveis. Pedri guardou tudo nas malas e agora me observava com as mãos postas no quadril, usando as típicas roupas monocromáticas em branco ou preto e passando a mão no rosto em uma nítida demonstração de paciência forçada.

— Não vê que é o melhor pra você?

E eu não estava nem aí se eu estava tirando a paz dele. Ele que inventou essa ideia descabida de me tirar daqui enquanto eu sempre me mantive quieta.

Ok. Quieta pode ser uma palavra meio forte. Talvez na oposição. Defensiva também não poderia ser usado porque eu estaria mentindo se dissesse que não os ataquei.

— Ficar no mesmo espaço que o Sr. Perfeitamente perfeito dia e noite? Não obrigada, e muito me admira você querer isso.

— Alguém entrou na sua casa.

— Você também esteve aqui.

— Mas eu te conheço. — ele se aproximou e olhei para os seus tênis tão brancos que com certeza eram novos. — É diferente de um desconhecido ter total acesso à sua privacidade principalmente quando se está dormindo.

Subi o olhar para ele.

Ele estava certo, eu sei, mas eu não iria morar com ele. Existiam outras mil soluções para esse problema. Mudar a fechadura, talvez? Ou procurar um outro lugar. Investigar mais à fundo. Qualquer coisa era melhor do que morar com o Pedri.

E a ironia da vez era que quando eu era criança, chorava para ficar mais dias na casa da família González.

Pedri se abaixou na minha frente, me observando com as mesmas íris escuras que ficavam comigo até eu pegar no sono. Certamente exista uma diferença notável entre elas agora. O amadurecimento do menino que estudava na mesma sala que eu para o homem que carregava uma imagem importante ao fazer parte de um dos maiores clubes do mundo. Vê-lo na sala de reuniões foi como um lembrete visível de que não só os espaços entre quatro paredes que haviam mudado. Pedri não usava mais aquela farda branca de Tenerife.

Glitch • Pedri GonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora