PEDRI

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Alex estava corada

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Alex estava corada.

— Eu já disse..... Eu devo ter sido picada por um mosquito, ou sei lá. Algo assim. Não me lembro.

E um baita sorriso se forma a observando tentar explicar o inexplicável.

Não, Alex. Você se lembra quem foi que fez essa marca no seu pescoço. Talvez eu devesse puni-la por mentir quando chegássemos em casa.

A questão é que terei malditas duas horas de espera.

O jogo aconteceu fora da cidade, e como habitualmente fazia, ela nos acompanhou na partida no fim de semana em Girona. Alexia temeu que fosse aceita em definitivo no clube, mas os seus próprios números de acessos depois que ela chegou triplicaram nas matérias jornalísticas. Uma contraproposta já seria feita antes dela ter decidido ficar, e agora a mulher fazia mistério sobre algo que vinha escrevendo há meses. Tentei arranca-la informações e descobrir o conteúdo, porém essa somou as poucas coisas que não consegui obter de Alexia França.

Mas a deixei manter o suspense.

Ela parecia animada, como uma criança contando os dias para ir ao parque de diversões, e não quis acabar com a sua alegria acessando o notebook. O que quer que estivesse escondendo, estava fazendo bem à ela.

E eu não fazia a mínima ideia do que se passava nessa cabecinha imprevisível.

— Um mosquito ou um vampiro? — De Jong pergunta apontando para a área e Alex rapidamente o esconde com a mão. Uma poção de risadas se estende no vestiário visitante, fazendo-me continuar a observando de longe enquanto retirava as chuteiras. As cascatas dos fios negros soltos, o olhar arregalado com a boca aberta em espanto, e a camisa do Barcelona se encaixando perfeitamente no corpo da jornalista. Era realmente engraçado que ela quisesse continuar ocultando o nosso relacionamento quando na escola fazia de tudo para que eu a colocasse nessa posição. — Sei não, Lexi. Essa história está me parecendo muito suspeita.

— Muito suspeita..... — Gavi concorda, negando e retirando a camisa. — Por que não conta logo a verdade para todos nós, Lexi?

Escoro as costas na parede, mantendo a minha atenção nela.

E imediatamente os olhos cor de mel se desviam para os meus.

Ao contrário do que pensei, ele não deixou de acabar com a paz dela. Gavira pode ter compactuado com a noite de má conduta e aceitado em contragosto no primeiro momento que ela não era uma traidora, mas estava constantemente a provocando quando a via circular pelo clube. A raiva lhe subia no automático, porém ela não deixava de revidar as piadinhas na frente de todos. A própria marca no seu pescoço foi ele quem acabou de puxar em pleno vestiário masculino.

O bom era que Alex se aproximou muito do restante dos jogadores nas últimas semanas, e foi recebida sem nenhum peso nas costas. O que a impedia de vê-la como uma de nós era o jeito arisco que agia desde que chegou do United. Ela não queria ficar e estava louca para voltar ao time inglês, mas agora essa vontade não era a mesma. Alexia aceitou ter o escudo certo no seu peito e permitiu se aproximar de todos os que faltavam.

Glitch • Pedri GonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora