PEDRI

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Sentei na beirada da cama vermelha, enlaçando as mãos

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Sentei na beirada da cama vermelha, enlaçando as mãos.

— Disse que era para te dar notícias quando ele aparecesse..... E bem, ele apareceu.

Esse lugar detinha da mesma sensação de ficar dentro em um corredor estreito.

A cor quente iluminando no intuito de parecer erótico e o fato de muitos objetos terem a mesma coloração me faz se perguntar como cheguei a gostar disso por tanto tempo. Todo o ar de desperdício e o fingimento de uma vida feliz. De horas da satisfação. De dinheiro aproveitado. Quando voltei dias atrás soube que a minha concepção havia mudado, mas agora a certeza ecoava no volume máximo no meu ouvido. Nada era o mesmo depois que ela voltou. A cortina caiu e Alexia sem saber me presenteou com bons óculos para me fazer prestar atenção de que essa merda não era pra mim.

Ela estava longe e permaneceu por quatro anos na surdina. Era óbvio que eu teria procurado por um passatempo e me conformado com qualquer coisa para tentar esquecê-la.

Foi exatamente a burrice que fiz.

— O que ele queria?

Denise procurou pela cadeira no canto a minha frente ao lado da porta, com uma mesa pequena com um balde de gelo e champanhe em cima. Os saltos fazendo barulho até que chegasse onde queria.

— Disse que não precisava mais de mim porque ele já conseguiu tirar a Alexia de você.

— Quando Joshua falou isso?

— Ontem, assim que sai do seu apartamento.

Cerro a mandíbula.

Navarro não a tirou de mim.

E nem vai. Ela passou o dia ao meu lado e hoje esteve por perto dentro do estádio. Joshua não fez nada contra ela durante esse tempo, e assim que sai do carro para me encontrar com a loira, conferi a sua localização. Alex estava em casa como imaginei, e preferi ter essa conversa longe para que a sua cabecinha não começasse a fantasiar coisas como da última vez. Todo o bom humor da espanhola que lutei para conquistar seria facilmente enterrado a sete palmos do chão.

E ela deveria estar feliz quando eu a colocasse naquela cama de novo, mesmo que estivesse com raiva ontem à noite e ainda consegui convence-la.

Sorrio ladino com a memória.

Eu precisava voltar pra casa o quanto antes.

— Ele disse que você não vai poder fazer nada, então iria me descartar..... Literalmente. — os olhos da loira se abaixam e era nítido o medo esboçado dentro deles, como um lembrete da situação recorrente. Ofereci que alguém a acompanhasse ou ficasse de guarda onde morava, mas ela negou. Joshua não era o primeiro a encher de ameaças. A vida que levava estava cercada de covardes que mereciam o pior dos castigos aplicados. — Mas eu fiz o que você me falou e coloquei um canivete escondido na minha bota. Dois cortes no braço foi o suficiente pra fazer ele ir embora antes que a vizinhança ouvisse os meus gritos falsos alertando de fogo.

Glitch • Pedri GonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora