ALEXIA

1.1K 80 150
                                    

EPÍLOGO

Anos atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Anos atrás.....

O sinal do recreio finalmente tocou!

Deixei a minha lancheira de borboleta em cima da cadeira e corri rapidamente para o pátio. Eu ouvi que as meninas e os meninos estavam juntando dois grupos para jogar bola, e eu queria fazer parte também! Vovó disse que eu era boa brincando, e a mamãe me deu uma bola uns dias atrás. Ela me disse que compraria uma bem bonita no dia do meu aniversário, mas até agora ela não apareceu. Acho que deve ser uma beeeeeem especial para ela estar demorando tanto. Quem sabe se tem o meu nome "Lexi" escrito nela? Eu iria trazer para a escola e brincar todos os dias!

As meninas da outra escola não gostavam de brincar de bola, mas aqui era diferente! Elas também queriam ficar brincando como eu.

Então procurei por onde todo mundo estava. Ontem eles brincaram na quadra, e acho que eles estão lá hoje também. Aqui desse lado só ficava os grandes chatos. Eles nem brincavam de nada e só ficavam conversando besteiras, por isso corri em direção a quadra e desci os degraus para ver se tinha alguém. A bancada era muito grande e eu não conseguia alcançar para ver sem ir direto.

Por que quem construiu não pensou nas crianças? Levávamos um tempão para crescer. Alguém tinha que ter se lembrado de nós.

Mas ainda bem que eles estavam aqui! E as meninas já estavam começando a ir para um lado do gol. Os meninos ficaram no lado esquerdo. Apressei o passo mais uma vez e senti o vento causando frio nas minhas pernas. Eu nunca tinha estudado em uma escola que usasse saías, mas nessa nova que entrei, eles deixavam as crianças vestirem.

— Ei! — parei em frente as meninas que se dispersavam, mas vi que me ouviram ao virar a cabeça na minha direção. — Eu posso brincar com vocês?

Elas começaram a cochichar entre si, até que uma cutucou a loira com rabo de cavalo. Na apresentação, eu ouvi ela dizendo que se chamava Sabrina.

— Você é a menina que mora em um lixão?

O que?

— A casa da vovó não é um lixão. — respondi sem entender. Quem teria dito que eu morava em um lixão? Eu tinha acabado de chegar da minha outra casa que era beeeem longe da ilha. — Lá é bem legal porque fica quase de frente para o mar.

E era muito bom brincar de bola na areia. Vovó que ficava me vigiando, mas ela não podia ficar muito tempo na praia, e ainda não fiz novos colegas aqui. Até agora eu ficava brincando sozinha.

Bem, pode ter havido um mal entendido. Papai me falou que as pessoas às vezes se confundiam com as palavras, e era assim que a gente chamava quando acontecia.

Glitch • Pedri GonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora