PEDRI

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Alexia França era minha

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Alexia França era minha.

E se um dia chamei o Gavira de filho da mãe obsessivo, eu não me lembro.

Achei que ele estava louco por se arriscar com a filha do treinador. Colocar a posição e o status em jogo. Por colocá-la no meio dos segredos e cometer os piores erros para tê-la em segurança. Por muito tempo mascarei que não faria o mesmo se fosse a minha Alex em questão, e hoje percebo nitidamente as inconsequências que fiz apenas para arrastar a mulher que eu amo. Em poucos meses, Alexia conseguiu fazer o que nenhuma outra seria capaz, e eu não me restava um pingo de arrependimento por ter gastado e violado leis de privacidade para saber o seu endereço.

Eu faria tudo de novo.

Reviveria tudo de novo para continuar vendo a imagem da morena dos olhos cor de mel nua e adormecida na minha cama.

Voltamos ontem à noite porque Alexia insistiu em recolher algumas coisas do apartamento e trazer com ela, e a ligação foi feita ao meu irmão para confirmar o que falei. Tentei convencê-la de que teria tudo novo se quisesse, e grande parte das roupas ficaram antes de irmos à Tenerife, mas aceitar não lhe pareceu uma opção. Ela encheu duas malas de objetos pessoais e se preocupou em não deixar nada importante para trás.

Foi bom que ela tenha feito isso.

Na verdade foi excelente. Alex não voltaria em definitivo. Eu a convenci mesmo sabendo que de qualquer jeito ela voltaria ao meu lado. Nem que começássemos a brigar eu a teria em Barcelona, mas é bom deixá-la acreditar que eu a deixaria ficar distante de mim pela segunda vez.

Eu estaria louco se me conformasse em tê-la distante agora que os problemas se resolveram.

Ou uma parte deles.

Desligo o chuveiro e passo a toalha no corpo, parando na entrada para observá-la dormir de bruços no lugar que por muitas noites eu estive sozinho. Não sei quantas vezes repeti que Alexia era e sempre foi a única que me importava e nunca me cansaria de lembrá-la caso o ciúmes ressurgisse. Desde a escola era isso que a impedia de ver a verdade, e estive acostumado a tentar mostrá-la o óbvio. Nunca menti em relação à isso e nenhuma outra esteve aqui, como a sua cabecinha deduziu ao ver Denise no escritório. Seja levando aos rachas ou a trazendo para o meu espaço pessoal, Alex era a única que eu queria sem nenhuma objeção quanto aos termos de confiança.

Duvidei de todas que apareceram, e Serena foi a prova.

Ninguém seria capaz de substituir Alexia e se eu voltasse a confiar de cara em uma mulher novamente, seria através dela. Não de outra. Nunca de outra. Era só ela.

Glitch • Pedri GonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora