20 • União

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𝕴𝖘𝖆𝖇𝖊𝖑𝖑𝖞 𝖁𝖊𝖎𝖌𝖆

          𝕰ntão ele já tinha alguém. Meu Deus. Que estupidez a minha querer afrontá-lo toda hora e até lhe agredir na frente dela. Estou envergonhada. Devo desculpas.

          Foram levados aos quartos os que ainda agonizavam, mas que fiz o possível para deixar estáveis.

          O rei Nero, – acho – que o rei lobisomem e Morfeu, subiram e ficaram ao lado do trono. Tinha uma mulher também. Acredito que a rainha vampira.

          ─ Isso foi um pedido de guerra. Não deixaremos que fique impune. O rei Aaravos e vários dos meus originais foram prejudicados. Eles pediram a guerra, então eles terão a guerra. E eu oriento a vocês, meus vampiros, que se virem um caçador, seja ele Beaumont ou não, eliminem sem pestanejar. Essa é a minha ordem. Mas ainda sim, é claro que não devemos envolver nosso curral. Nada de expor aos humanos. Os Beaumont não farão isso, então que fiquemos nas sombras ─ Nero disse.

          ─ Vou descongelar esses. Vocês podem fazer pergunta a eles. Mas eu e minha família vamos embora, não viemos aqui para isso ─ falei.

          ─ Não poderá ir. Se ficarem sozinhos será pior. Eles gravaram nossos rostos, sabem quem somos. Eu, Harry e Dean, nós três híbridos estamos marcados. Assim como os lobos Samuel, Javier e o rei Atreu. Os elfos podem se defender e aliás eles nem vivem nesse mundo. Mas todos aqui nesse salão estamos marcados. E eles vão retornar. Devemos ficar unidos e vigiar o próximo ataque ─ Morfeu disse.

          Esfreguei a testa impaciente.

          ─ Es una pesadilla ─ sussurrei.

          ─ Tudo bem. Nós ficamos.

          Olhei Luis quando disse.

          ─ Porém, somente até isso se resolver. Nos aliaremos. Os Veiga darão apoio.

          ─ Voltem a seus lares. Redobrem os cuidados. E qualquer imprevisto, avisem os soberanos ─ avisou Nero.

          O salão já ia se esvaziando. Eu estava tão cansada. Não havia me alimentado e estava dois dias sem dormir. A viagem até a Romênia desde o princípio me deixou desconfortável. Eu sabia que não devíamos vir.

          Sentei num sofá e abaixei a cabeça, apoiando meus cotovelos nos joelhos. Suspirei pesado.

          ─ O que farão a seguir?

          Olhei para a voz masculina e me surpreendi ao vê-lo ali, em frente a mim, inabalável.

          A hora era agora.

          Levantei e fiquei frente a frente.

          ─ Perdoe-me. Por tudo. Reconheço que ultrapassei os limites. Fui infantil. E meu ódio acerca de você foi pela má impressão que tive ao te conhecer. Fiquei envergonhada por saber que a sua namorada olhou toda a cena de eu te batendo. E todo o resto. Me desculpe, Lorde Viktor Bartholy.

          Meu orgulho desceu arranhando. Era tão difícil dizer essas palavras. Ainda mais quando ele me olhava com aquele olhar sarcástico. Desconsiderando tudo o que eu disse e não levando a sério.

          ─ Eu ouvi direito? Está mesmo me pedindo desculpas? Eu quero que repita.

          Agora o olhava séria. Coloquei uma mão na cintura e o medi de cima a baixo.

          ─ Acho que me precipitei. Retiro as desculpas, Desalmado de Gelo. Você não as merece.

          Passei por ele para ir de encontro a meus irmãos, mas o senti segurar meu braço. A eletricidade do seu toque me arrepiou. E me odiei por sentir isso.

Indomáveis - Trilogia Paixões Indomáveis - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora